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Ucrânia acusa Rússia de "violações flagrantes" de direitos humanos
A vice-ministra das Relações Exteriores da Ucrânia, Emine Dzhaparova, acusou hoje a Rússia de cometer "violações flagrantes" dos direitos humanos, no oitavo dia de invasão.
"Os eventos recentes apontam claramente para o fato de que as tropas russas que lutam na Ucrânia realizam as mais flagrantes violações e abusos dos direitos humanos, engajando-se em atos que claramente equivalem a crimes de guerra e crimes contra a humanidade", disse Dzhaparova em um vídeo dirigido ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
"Bombas russas estão destruindo as cidades e vilarejos de minha terra natal, visando áreas residenciais, escolas, orfanatos, hospitais, igrejas, museus, torres de TV, praças centrais e infraestrutura crítica", acrescentou. Ela pediu que a ONU responsabilize a Rússia pela invasão e pela agressão.
Ontem, com apoio do Brasil, a Assembleia-Geral da ONU aprovou uma resolução deplorando os ataques russos contra a Ucrânia, pedindo a retirada imediata das tropas e apelando para que negociações sejam estabelecidas.
"Este é o momento da verdade, não apenas para meu país que luta por sua sobrevivência, mas para todo o sistema internacional de direitos humanos e suas instituições fundamentais, e para aqueles que foram encarregados de promover os direitos humanos como membros deste conselho", disse Dzhaparova.
A Rússia nega que esteja atacando civis na Ucrânia. Contudo, há registro de vítimas e danos à infraestrutura das cidades. O escritório de direitos humanos da ONU disse hoje que confirmou que 249 civis foram mortos e 553, feridos. Os números de mortes de civis, no entanto, variaram entre as diferentes autoridades e agências.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu hoje que reconstruirá seu país e disse que a Rússia pagará por isso.
"Vamos reformar cada casa, cada rua, cada cidade, e dizemos à Rússia: aprenda a palavra 'reparação'. Vocês pagarão por tudo o que fizeram contra nosso país e contra cada cidadão nosso. Não esqueceremos de cada um que morreu por nós", declarou Zelensky, em uma mensagem de vídeo publicada nas redes sociais.
Ele disse ainda que a Rússia está atacando até igrejas e catedrais, que servem como abrigos durante a guerra, e prometeu reconstruir os templos religiosos: "Mesmo se destruírem todas as igrejas, não destruirão nossa fé em Deus e em pessoas."
espero ter ajudado bons estudos