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Resposta:
Juana Azurduy Bermudez (1780-1862) foi uma militar latino-americana de origem indígena que participou das lutas pela independência da América espanhola.
Explicação:
Juana Azurduy Bermúdez nasceu em 12 de julho de 1780 num pequeno povoado da região de Potosí, hoje Bolívia. Mas, na época das guerras pela independência, o lugar conformava o vice-reinado do Alto Peru, incorporando também o que hoje é Argentina, Uruguai e Paraguai.
Tinha já 25 anos de idade quando decidiu casar-se com Manuel Ascencio Padilha em 1805 e quando explodiu a revolução libertadora em Chuquisaca ela e o marido somaram-se aos rebeldes em armas. Naqueles dias os revolucionários foram vencidos e suas cabeças colocadas à prêmio. Apesar disso, eles continuaram na luta e quando Buenos Aires se levantou em 1810 se alistaram no Exército Auxiliar do Norte para combater os realistas. Em 1811 o exército espanhol avançou pelo Peru, Juana e seus quatro filhos foram presos, enquanto o marido conseguia fugir. Dias depois, Manuel conseguiu resgatar a todos e mais uma vez escaparam.
Em 1812 Manuel e Juana estavam integrados às tropas de Manuel Belgrano, com mais dez mil companheiros. Foram muitas batalhas travadas e Juana sempre a frente dos batalhões. Foi ela quem comandou o vitorioso ataque ao Cerro de Potosí em 1816, garantindo assim o posto de tenente-coronela. E justamente na batalha de La Laguna, quando ela foi ferida gravemente, o marido, na tentativa de resgatá-la, acabou morto. Ela seguiu na batalha, acompanhando Miguel de Guemes até a morte deste em 1821.
No ano de 1825, o então libertador Simón Bolívar a encontrou e ao ver a condição de miséria a que estava reduzida, cobriu-se de vergonha. Juana era uma heroína da independência. Por conta disso deu a ela o grau de coronela. "Esse país não deveria chamar-se Bolívia em minha homenagem, mas sim Padilha ou Azurduy, porque foram eles que o fizeram livre", disse Bolívar.
Com a morte de Bolívar em 1830 e o fim do sonho da Pátria Grande, também Juana caiu no esquecimento e andava vagando pelas selvas do chaco argentino. Sabe-se que passou muitos anos vivendo na cidade de Salta, sem qualquer patrimônio visto que todos os seus bens tinham sido confiscados. Até mesma a pensão que ganhava como coronela lhe foi tirada em 1857.
Uma das maiores expressões da luta pela independência nos campos da Bolívia e da Argentina morreu como indigente no dia 25 de maio de 1862, aos 80 anos de idade e foi enterrada em uma fossa comum