O Serviço Social brasileiro sofreu forte influência de duas escolas em sua constituição: a escola europeia e a escola americana. A principal característica em comum dessas duas escolas é o fato de ambas terem suas bases nos preceitos da doutrina cristã.
Na escola americana, podemos ver como característica o uso de uma metodologia para intervenção profissional. A partir de Mary Richmond, começou a ser possível realizar o diagnóstico dos sujeitos. Além disso, essa mesma escola criou os modelos de intervenção individual, em grupo e em comunidade. Essas metodologias foram importantes para o desenvolvimento do trabalho dos assistentes sociais e, na época, foram muito utilizadas pelos profissionais brasileiros da área.
Analisando as características dessas primeiras escolas, você considera que os métodos de intervenção defendidos por elas ainda são utilizados pelos assistentes sociais na atualidade? Justifique sua resposta.
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Explicação:Hoje em dia, ainda há muito da escola norte-americana no processo metodológico. É possível ver também que a presença da doutrina católica está enraizada em alguns profissionais, que têm, em seu fazer profissional, a questão humanista da profissão não como uma perspectiva de direito, e sim de benesse.
Como exemplo, podemos citar a concessão dos benefícios sociais, nos quais alguns profissionais julgam se o beneficiário tem bens, como carro, telefone celular, dentre outros. A política de assistência social é clara: é destinada a quem dela necessitar. Se, em algum momento, a pessoa adquiriu algo e hoje necessita recorrer ao beneficio, não cabe ao assistente social julgar se ela é merecedora ou não, mas, sim, verificar se ela tem os critérios descritos pela política para receber tal benefício.
No que se refere à metodologia, os profissionais não a utilizam tal qual era na época. Ocorreu uma atualização desse processo de intervenção, em que o assistente social realiza o atendimento de forma individual, em grupo e em comunidade, mas não na perspectiva de ajustamento social, e sim para a emancipação dos sujeitos.