Da Senzala.
De dentro da senzala escura e lamacenta Aonde o infeliz
De lágrimas em fel, de ódio se alimenta
Tornando meretriz A alma que ele tinha, ovante, imaculada Alegre e sem rancor, foi aos poucos sendo transformada Aos vivos do estertor. Hades bas Porém que De dentro da senzala Aonde o crime é rei, e a dor - crânios abala Em impeto ferino; Não pode sair, não, Um homem de trabalho, um senso, uma razão. E sim um assassino! CRUZ E SOUSA, O Livro derradeiro. In: Poesia completa. Disponível em: http. Letras. Ufmg. Br. Acesso em: 10 maio 2021,
Na terceira estrofe do poema, ocorre a personificação de "crime" e "dor" para indicar o:
(a) A modo como os assassinos se comportam. (B )desejo do eu lírico de acabar com a escravidão.
(C)razão que leva o homem escravizado a morrer.
(D) punição pela qual os criminosos devem passar.
(E) violência que gera na pessoa o desejo de vingança.
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Na terceira estrofe do poema, ocorre a personificação de "crime" e "dor" para indicar a violência que gera na pessoa o desejo de vingança. Por isso, a alternativa correta é a letra E.
Na terceira estrofe do poema de Monteiro Lobato, há a personificação de crime e dor com o intuito de realizar uma descrição acerca da degradação das condições do ser humano que está posto no interior de uma senzala, afirmando que o mesmo perde a sua humanidade.
Vingança como resposta à escravidão
A partir desse contexto, o homem não seria mais um trabalhador, mas um ser vingativo, sedento por vingança, querendo agir por razões objetivas.
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