• Matéria: Direito
  • Autor: mayconluquinhas12
  • Perguntado 3 anos atrás

Você, professor de uma escola pública de Ensino Fundamental, sabe que a História do Brasil é marcada por diversos recortes historiográficos como esse, mas que, no entanto, continuam desconhecidos no contexto escolar e na sociedade. Além disso, o livro didático disponibilizado em sua escola não traz contextualizações para além daquelas do período colonial brasileiro.

Dessa forma, escreva um texto, amparado pelo que é previsto na Lei nº 10.639/2003, que explique os seguintes pontos:

1. Como professor, qual o seu papel diante das histórias como a do Movimento Black Rio, abordada no vídeo?

2. Qual o seu papel junto ao corpo docente e à comunidade escolar?

3. Como desenvolver aulas que problematizem essa ausência historiográfica do livro didático?


magalisantos835: vê reposta

Respostas

respondido por: advfabiananesta
12

Resposta:

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Como professor, o conhecimento do que prevê a Lei nº 10.639/2003 deve sempre amparar a construção do conhecimento em sala de aula, mas não somente isso. Seu entendimento da legislação e da necessidade de sua prática deve projetar-se para além da sala de aula, de forma a contribuir com a disseminação do conhecimento sobre a Lei e sobre a importância de trabalhar-se a contribuição cultural dos africanos e dos afrodescentes na formação da cultura brasileira. Por esse motivo, histórias como a apresentada no vídeo não podem ser ignoradas pelos professores, pois representam uma importante fonte histórica, pautada pela memória dos personagens que viveram o período da Ditadura Militar, de protagonismo afro-brasileiro.

Dessa forma, o professor precisa alinhar-se com o corpo docente e toda a comunidade escolar, a fim de garantir os meios necessários para tornar popular essa nova historiografia, priorizando, se for o caso, filmes, documentários, reportagens e livros independentes, que já operem dentro da lógica de ensino regulamentada pela nova legislação.

Assim, o professor estará reconhecendo o espaço da sala de aula como um ambiente para pensar-se a cultura e a presença do negro no Brasil de maneira não estereotipada, apresentando suas lutas contemporâneas pela inclusão social, por políticas públicas destinadas à maior presença do negro no mercado de trabalho e nos campos educacionais, e também a efetiva aplicabilidade das leis que buscam a criminalização do racismo e a plena aceitação e o respeito à cultura e à herança histórica dos africanos e dos afrodescendentes.

Além disso, é imprescindível que o professor também tenha ciência de que a aula, com base nos princípios previstos na Lei, deve servir ao propósito de problematizar as causas históricas que revelam por que o protagonismo dos movimentos negros esteve durante tanto tempo às margens da História do Brasil, contribuindo, dessa forma, para uma educação que permita aos alunos e às novas gerações um olhar crítico diante da historiografia, da mídia e das práticas sociais.

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