VOCÊ É PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA DE UMA TURMA DE SEXTO ANO DO ENSINO BÁSICO E, EM DETERMINADO MOMENTO DE SUA AULA, VOCÊ PERCEBE QUE UM ALUNO A CORRIGE A FALA DE UM COLEGA DE CLASSE, DEVIDO AO CARACTERÍSTICO SOTAQUE QUE ESSE COLEGA APRESENTA. SEGUNDO O ALUNO A, O QUE O MOTIVOU A FAZER A CORREÇÃO FOI O FATO DO COLEGA ESTAR “FALANDO ERRADO”.
Como você procederia diante desse impasse?
Respostas
instruiria ao aluno que o ato de falar com sotaque não é necessariamente errado mas gramaticalmente é incorreto.
Explicação:
o sotaque depende muito da região, caráter socioeconômico e nível de instrução e varia de pessoa pra pessoa .
conclusão falar com sotaque não é errado mas escrever da forma que se fala sim.
Resposta PADRÃO
O professor não deve incentivar esse tipo de atitude, pois leva ao preconceito linguístico. Deve, portanto, explicar aos alunos que a variação linguística é uma característica comum a todas as línguas e que, na oralidade, essa variação é maior do que na escrita. O português brasileiro possui um alto grau de diversidade e de variabilidade, há diferenças regionais e também sociais que formam um abismo linguístico entre os falantes das variedades não padrão, que são a grande maioria da população, e aqueles que tiveram a oportunidade de, desde muito cedo em sua vida, entrar em contato com a norma culta, variedade, muitas vezes, considerada como único padrão linguístico válido.
O sotaque é a forma de materialização das muitas normas linguísticas diferentes que coexistem na fala. A característica da variação é o que mantém as línguas vivas, ou seja, em constante processo de transformação (lexical, sintática), ela é fundamental para a evolução da língua de acordo com as necessidades da comunidade linguística (todos os seus falantes).