Brasilianismos administrativos
O Cofre Econômico Nacional é uma típica empresa brasileira. Por sua tradição e longevidade, os procedimentos internos são bastante formais e padronizados, tendo sido estruturados há muitos anos e passando por mudanças pontuais ao longo do tempo, apenas para se adequarem às evoluções tecnológicas e a algumas modificações administrativas. Luiz e Rosa são, respectivamente, subdiretor das agências de Manaus e gerente de uma agência manauara do Cofre Econômico.
Os estilos de administrar de ambos são bastante particulares e podem ser considerados muito influenciados pelas características da empresa e pelos traços típicos de comportamento dos gestores brasileiros. Luiz controla de perto uma rede de 18 estabelecimentos e costuma centralizar a maioria das decisões. Essa é uma característica do banco; as decisões costumam ser tomadas pelos superiores hierárquicos e pouca coisa é delegada.
Em função disso, quando empréstimos e transferências de mais de R$ 5 mil são solicitados pelos clientes, cabe a Luiz avaliar e autorizar a transação, apesar de isso tornar o processo bem mais lento. Outra característica sua é a boa relação que nutre com alguns subordinados, como é o caso de Rosa. Ambos são amigos há algum tempo, desde quando Luiz ainda era o gerente da agência atualmente administrada por Rosa. Pouco após assumir a subdiretoria de Manaus, o gestor promoveu sua colega ao cargo atualmente ocupado por ela. “O outro gerente saiu e o cargo ficou vago. Rosa é competente e ‘de minha confiança’; não vejo mal em tê-la promovido”, conta Luiz.
Rosa, por sua vez, gerencia uma equipe de 25 pessoas na agência e é muito simpática com todos. “Acredito que a liderança se baseie no carisma do chefe”, conta ela, “por essa razão, trato todos como se fossem meus filhos”. A gerente também centraliza quase todas as decisões no estabelecimento, cumprindo recomendações do banco. Qualquer pedido de papel-moeda deve passar por ela antes de ser realizado.
Seu comportamento com seu superior também é característico. “Certa vez, discordei de um empréstimo de R$ 60 mil autorizado pelo Luiz, mas não disse nada”, conta a administradora. “Ele é meu amigo e chefe, não queria criar nenhum mal-estar entre nós.” Outro caso interessante foi quando os três caixas eletrônicos passaram a não dar vazão à demanda na hora do rush e as filas da agência ficaram gigantes entre 10 e 12 horas da manhã. “Essa era uma decisão que não cabia a mim, pois o número de máquinas por agência é uma determinação do subdiretor municipal”, diz ela. “Diante disso, fiquei aguardando uma solução vinda de cima.”
Apesar disso, Rosa não ficou totalmente parada. Após uma semana de “filas quilométricas”, a gerente reorganizou a estrutura da agência, transferindo cadeiras, na parte da tarde, dos setores menos demandados para os mais necessitados. Além disso, reordenou a escala de trabalho, trazendo funcionários da tarde para o período de rush. Por fim, Rosa instituiu um pioneiro sistema de atendimento com hora marcada, que podia ser agendado por telefone. Dessa maneira, durante os dois meses até a chegada dos novos caixas eletrônicos, a gerente conseguiu contornar o problema e reduzir as filas no horário problemático.
identifique os traços típicos dos administradores brasileiros encontrados no caso apresentado e os relacione com passagens do texto:
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e fácil saber e uma empresa de vocês que tem o número de
JHenrique2019:
??
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