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Fazendo parte das culturas litorâneas brasileiras, os caiçaras representam um forte elo entre o homem e seus recursos naturais, gerando um raro exemplo de comunidade harmônica com o seu ambiente. Cotidianamente, turistas e aventureiros que buscam o litoral Sudeste como abrigo para as suas férias, travam contato, sem saber, com uma das mais belas e antigas culturas brasileiras.
Como uma das poucas culturas relativamente preservadas na região mais povoada do Brasil (entre Rio e São Paulo), os caiçaras são objeto de estudo de vários Centros de Pesquisa do sudeste.
Apresentamos um pequeno panorama desta cultura que viveu quase um século em parcial isolamento e hoje passa a travar contatos, cada vez maiores, com o universo urbano
resposta:A cultura caiçara é basicamente de subsistência. Em sua maioria, vivem em pequenas vilas onde praticam a pesca, a agricultura e o artesanato de acordo com suas necessidades individuais. Por conta dessa perspectiva cultural, foi inserida na sociedade uma espécie de senso comum pelo qual os caiçaras são cidadãos preguiçosos. “Quem está de fora da comunidade não percebe que os caiçaras têm um ritmo próprio que nada tem a ver com a agitação da cidade. Seguem o ritmo da natureza, da lua, das marés”, explica o antropólogo Antonio Carlos Diegues.
Além de estereótipos e preconceitos, a cultura caiçara sofre outra grave violência simbólica: a ação do etnocentrismo. A antropologia define etnocentrismo como a visão de quem considera os hábitos culturais de seu grupo superiores aos demais. Frequentemente, os pescadores têm embates com alguns grupos evangélicos, que não respeitam as tradições do folclore caiçara.