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Olavo Bilac
O escritor brasileiro, nasceu em 16 de dezembro de 1865, no Rio de Janeiro. Com apenas 15 anos de idade, por vontade do pai, que era médico, iniciou o curso de Medicina. No entanto, o jovem poeta gostava mesmo era de escrever. Assim, abandonou a Faculdade de Medicina, tentou estudar Direito, faculdade que também não concluiu, e passou a escrever para jornais cariocas.
Em 1888, publicou seu primeiro livro — Poesias. Iniciava então uma carreira de sucesso como escritor, pois tornou-se um dos poetas mais famosos do país. No entanto, Bilac era firme em seus posicionamentos políticos e discordava do governo ditatorial de Floriano Peixoto. Por fazer críticas a ele, foi preso em 1892 e também em 1894. O início do regime republicano, portanto, não foi muito agradável para o poeta.
A perseguição política não o impediu de criticar agressivamente o escritor naturalista Raul Pompeia (1863-1895), que apoiava o presidente. Pompeia, inclusive, chegou a desafiar Bilac para um duelo, que acabou não ocorrendo. No mais, Prudente de Morais (1841-1902) assumiu a presidência no final de 1894, Floriano Peixoto morreu no ano seguinte, e também Raul Pompeia, que se matou no Natal de 1895.
Em 1897, Olavo Bilac fundou, com outros intelectuais, a Academia Brasileira de Letras e ocupou a cadeira de número 15, cujo patrono é o escritor romântico Gonçalves Dias (1823-1864). No ano seguinte, passou a trabalhar como inspetor escolar, cargo muito respeitado na época. A partir daí, o escritor empreendeu uma campanha em prol do nacionalismo, e, inclusive, escreveu a letra do Hino à Bandeira, além de ter defendido o serviço militar obrigatório.
Morreu em 28 de dezembro de 1918, no Rio de Janeiro, deixando certo mistério sobre sua vida íntima. Na juventude, foi noivo de Amélia de Oliveira (1868-1945), irmã do poeta parnasiano Alberto de Oliveira (1857-1937). No entanto, por razões misteriosas, a família opôs-se ao casamento, e o romance acabou. Os principais biógrafos do poeta, no entanto, dizem que a oposição deveu-se à vida boemia de Bilac.
Estilo literário de Olavo Bilac
Olavo Bilac foi um poeta do parnasianismo brasileiro. No entanto, sua poesia traz marcas de subjetividade, contrárias ao estilo parnasiano, o qual apresenta as seguintes características:
- Descritivismo
- Antirromantismo
- Objetividade
- Rigor formal
- Alienação social
- Culto à beleza
- Referências greco-latinas
Poemas de Olavo Bilac
No soneto “No cárcere”, do livro Poesias, o eu lírico busca saber o motivo de ver determinada mulher em tudo, como “na água do mar” ou “na luz da estrela”. Aparentemente, seu relacionamento com ela trouxe mágoas, porém o eu lírico não consegue esquecer o seu amor. Almeja, então, apagar a “lembrança do passado”, o “martírio”, mas sem sucesso.
Essa situação, para ele, é como uma prisão, um cárcere, pois está condenado a viver preso a tal lembrança e à saudade. Desse modo, apesar de o poema apresentar evidente sentimentalismo, o que destoa do parnasianismo, ele apresenta como característica de estilo o rigor formal, ou seja, versos regulares decassílabos (10 sílabas poéticas) e rimas
Frases de Olavo Bilac
Vamos ler, a seguir, algumas frases de Olavo Bilac, retiradas de seu poema Via-Láctea. Para isso, fizemos uma adaptação, isto é, transformamos os versos em prosa:
- “A paixão primeira não pela voz, mas pelos olhos fala.”
- “Quem ama inventa as penas em que vive.”
- “É dos loucos somente e dos amantes na maior alegria andar chorando.”
- “Só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e de entender estrelas.”
- “Homem sou, e homem não há que passe virgem de todo pela vida humana.”
- “Curado pelos seus enganos, já não creio em nenhuma das estrelas...”