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Este conto vai narrar a história de um falador e enrolador com uma reclamação pela demora de uma fritada que atrasaria toda a viagem. Tal fato faz o narrador lembrar-se de um `causo`: o mate de João Cardoso. João Cardoso gostava de prosear com os viajantes. Oferecia-lhes sempre um chá mate que se demorava tanto que o visitante ia-se embora sem tomá-lo. Na região, criou-se uma expressão para algo que fosse demorado, custoso: ``está como o mate do João Cardoso.``Este conto monstra um pouco da realidade que estamos vivendo muitas promessas e poucas atitudes.
Este conto "gauchesco" fala de um velho homem que adorava conversar com todos aqueles que passavam pelas bandas de sua casa. O transeunte era sempre chamado a tomar um mate amargo, o famoso chimarrão, bebida típica nas terras do sul do Brasil (uruguaios e argentinos também compartilham do costume de tomá-lo). João Cardoso era antes de tudo um baita falador. Sempre dizia para a pessoa que chamava que se achegasse para um dedinho de prosa em sua casa e para tomar o mate quente que ficaria pronto dali a pouquinho. Tudo ótimo, não fosse o chimarrão nunca ficar pronto e João Cardoso sempre teimar para que a convidada visita ficasse um pouco mais, para que esperasse e pudesse compartilhar um bom chimarrão. A fama do homem se alastrou pelas redondezas e, sempre que algo se punha demasiadamente demorado, dizia-se: "...está como o mate do João Cardoso."