Respostas
Resposta:
Uma das principais teorias defendidas para explicar a presença do cerrado em
outros biomas, como por exemplo, na floresta Amazônica, na Caatinga, na
floresta Atlântica e em florestas acicufoliadas no sul do Brasil, é a Teoria dos
Refúgios e Redutos defendida por autores como Hueck (1957); Ab’saber
(1963); Cole (1986); Carneiro Filho (1993) e Prance (1996) e Rizzini (1997),
que de modo geral, trata da distribuição geográfica da biota após os eventos
climáticos ocorridos no Quaternário. Com isto, frentes frias mais intensificadas
durante fases glaciais, associadas a mudanças climáticas globais, modelaram a
paisagem do atual território brasileiro. Perante essa situação a vegetação
moderna ainda está se equilibrando através dos mecanismos de sucessão
vegetal (OLIVEIRA, 2005).
Nessa perspectiva, devido a uma recessão climática, contingentes de vegetação
antes se apresentando de forma contínua, foram reduzidas a manchas
florestais, em locais que apresentam condições ecológicas favoráveis ao seu
estabelecimento. Este é o caso dos brejos de altitude presentes no domínio das
caatingas do Nordeste brasileiro. Desse modo, as áreas dos brejos nordestinos,
muitas vezes denominados acertadamente de áreas de exceção, constituem
verdadeiros exemplos de redutos e refúgios florestais, (AB’SABER, 2006).
Esta configuração fitogeográfica tem origem nas flutuações climáticas do
Quaternário, nas quais em períodos mais úmidos houve uma expansão da