• Matéria: Português
  • Autor: heloizafer29
  • Perguntado 3 anos atrás

e
-
3. Leia o excerto da entrevista de Marcos Bagno ao Jornal Extra Classe, do
Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul.
Extra Classe - O senhor tem afirmado que a norma-padrão
da língua portuguesa se transforma com frequência em ins-
trumento de exclusão social. O que é preconceito linguístico?
Marcos Bagno - É preciso distinguir a "norma culta", que é
a língua falada e escrita pelos brasileiros com acesso à cultu-
ra letrada, da “norma-padrão”, fonte de preconceito social, que
não é língua de ninguém, é só um ideal de língua, cada vez mais
distante e difícil de ser alcançado - quase um saber esotérico!
Não se pode confundir o uso real, autêntico, empiricamente co-
letável da língua por parte dos falantes privilegiados (a norma
culta), do modelo idealizado de língua “boa”, arbitrariamente
definido pelos gramáticos normativistas. O preconceito linguís-
tico existe em todas as sociedades onde se estabeleceu uma
tradição escolar, uma cultura literária e instituições regulado-
ras dos usos da língua como a Academia Brasileira de Letras,
por exemplo. Uma vez que toda e qualquer língua é essencial-
mente heterogênea, o que ocorre é a exclusão da maioria dos
falantes do círculo restrito do “falar bem”. No caso do Brasil,
nem mesmo as camadas privilegiadas da população acreditam
falar bem a língua portuguesa, porque nosso modelo de “língua
certa" é extremamente arcaico, inspirado nos usos literários
dos escritores de Portugal na primeira metade do século 19.
Entrevista com Marcos Bagno. Jornal Extra Classe. Disponível em:
http://relin.letras.ufmg.br/shlee/Bagno_Entrevista2008.pdf.
Acesso em: 4 mar. 2021.
a) Comente como o texto relaciona exclusão e preconceito social com
o conceito de norma-padrão.
е

Respostas

respondido por: ericktrovao2
0

Resposta:letra a, apenas

Explicação:

Perguntas similares