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Nas ciências sociais, alienação indica o estado de alheamento dos indivíduos relativamente a si próprios e aos outros. Originalmente, o termo tinha um sentido filosófico e religioso mas K. Marx construiu-o enquanto conceito sociológico. Segundo este autor, esse sentimento de afastamento face a si próprio e aos outros teria a sua origem na negação da essência da natureza humana pela estrutura social. Esta essência humana poderia expressar-se no trabalho criativo e no desenvolvimento de atividades de cooperação com outros indivíduos, pelas quais estes se sentissem a transformar o mundo e a transformar-se a si mesmos. Acusou a sociedade capitalista de negar essas hipóteses de realização e de promover a alienação ao retirar aos trabalhadores qualquer controlo sobre o processo produtivo. Segundo Marx, o sistema de produção capitalista compele ao trabalho retirando-lhe toda a criatividade e espontaneidade, expropria os trabalhadores do produto do seu trabalho e transforma as relações sociais em relações de mercado fazendo do próprio trabalhador uma mercadoria igual às outras.
Outros autores descreveram fenómenos enquadráveis no conceito de alienação. E. Durkheim estudou o sentimento de separação face à sociedade e a perda do sentido de comunidade (anomia) e F. Tönnies, a seu modo, lamentou as consequências da passagem de uma sociedade tradicional para uma sociedade industrializada. M. Weber analisou a natureza impessoal e desumanizada das organizações sociais burocráticas. G. Simmel enfatizou a tensão entre a remanescência subjetiva e pessoal da sociedade e a sua tendência para uma vida social anónima.
Mais recentemente, nos anos 50 e 60 do século XX, os cientistas sociais norte-americanos encararam a alienação como um facto psicossocial, enfatizando a dimensão psicológica do sentimento de impotência e alheamento. É neste sentido que o tema se apresenta nas obras de Robert K. Merton e Talcott Parsons.
Autores de tradição marxiana, como H. Marcuse nos EUA ou Georges Friedmann e Henri Lefebvre em França, trataram a alienação como um conceito normativo e como um instrumento para criticar as dimensões da sociedade que contrariam a realização humana.
Atualmente, muitos autores têm abandonado o termo alienação por o considerarem demasiado ambíguo para poder ser útil.
Outros autores descreveram fenómenos enquadráveis no conceito de alienação. E. Durkheim estudou o sentimento de separação face à sociedade e a perda do sentido de comunidade (anomia) e F. Tönnies, a seu modo, lamentou as consequências da passagem de uma sociedade tradicional para uma sociedade industrializada. M. Weber analisou a natureza impessoal e desumanizada das organizações sociais burocráticas. G. Simmel enfatizou a tensão entre a remanescência subjetiva e pessoal da sociedade e a sua tendência para uma vida social anónima.
Mais recentemente, nos anos 50 e 60 do século XX, os cientistas sociais norte-americanos encararam a alienação como um facto psicossocial, enfatizando a dimensão psicológica do sentimento de impotência e alheamento. É neste sentido que o tema se apresenta nas obras de Robert K. Merton e Talcott Parsons.
Autores de tradição marxiana, como H. Marcuse nos EUA ou Georges Friedmann e Henri Lefebvre em França, trataram a alienação como um conceito normativo e como um instrumento para criticar as dimensões da sociedade que contrariam a realização humana.
Atualmente, muitos autores têm abandonado o termo alienação por o considerarem demasiado ambíguo para poder ser útil.
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Resposta: Max Weber trata da alienação, especificamente, na estrutura burocrática do Estado; este autor a entende como uma estrutura impessoal e desumana, ou seja, desconsidera ou se alhea ao que acontece no mundo sensitivo do organismo social privado.
Quem se aprofunda mais no tema são os seguintes autores, no século XIX: Hegel/ Feurbach/Marx.
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