Do lado esquerdo do peito
Do lado esquerdo do peito
A gente guarda amor
Os colegas de escola
O nome de um professor
Um beijo lá na pracinha
A pipa presa na linha
Um gol na prorrogação
Uma rede na varanda
Uma roda de ciranda
E a lambida de um cão.
Do lado esquerdo do peito
A gente guarda amizade
A gente guarda uma rua
Um país, uma cidade
Um toque, um cheiro, um sabor
Os sonhos de um sonhador
A esperança, a fé
Uma carta inesperada
Um passeio na calçada
Pão de queijo com café.
Do lado esquerdo do peito
A gente guarda saudade
Que é a lembrança de tudo
Que faz falta de verdade [...]
BESSA, Bráulio. Do lado esquerdo do peito. In: Poesia que transforma. Rio de janeiro: Sextante, 2018. Fragmento.
Nesse texto, nos versos “Um país, uma cidade/um toque, um cheiro, um sabor” (2ª estrofe), a figura de linguagem foi usada para
atribuir uma característica humana a uma cidade.
comparar as qualidades de uma cidade com as de um país.
exagerar o amor de uma pessoa por seu país.
exemplificar o que pode ser guardado do lado esquerdo do peito.
Respostas
Resposta:d) exemplificar o que pode ser guardado do lado esquerdo do peito.
Explicação:
A figura de linguagem foi usada para
d) exemplificar o que pode ser guardado do lado esquerdo do peito.
Figura de linguagem
Note que os versos “Um país, uma cidade/um toque, um cheiro, um sabor” trazem exemplos de "coisas" que podem ser guardadas do lado esquerdo do peito.
Esses versos trazem complementos do verbo "guardar". Note:
A gente guarda o quê? Um país, uma cidade/um toque, um cheiro, um sabor.
Nessa caso, temos a figura de linguagem metonímia, pois foram empregados substantivos abstratos como substantivos concretos, como se um toque, um cheiro e um sabor fossem objetos que pudessem ser guardados.
Não há personificação, pois o toque, o cheiro e o sabor não se referem ao país e à cidade.
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