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Hoje, 25 de março, vamos tratar de um fato pouco explorado pela historiografia brasileira: a abolição da escravatura no Ceará, em 1884, 4 anos antes do 13 de maio de 1888.
A História oficial brasileira é repleta de omissões, silenciamentos, construções, onde a narrativa dominante, ao longo do tempo, descreveu os escravizados como indivíduos passivos e vítimas da escravidão, que não tinham voz e nem exerciam resistência. Os abolicionistas, em geral, foram apresentados como homens brancos inconformados com a exploração dos corpos negros. No entanto, vozes e revoltas por séculos silenciadas têm sido resgatas: Revolta dos Malês, André Rebouças, Luís Gama, Maria Firmina dos Reis, Francisco José do Nascimento (o Dragão do Mar), Adelina, a charuteira, entre outras vozes pretas e pardas do movimento abolicionista brasileiro.
O caso do Ceará remonta esses processos de silenciamentos e que comprovam que apesar da importância do 13 de maio, a abolição foi fruto de pressão social e de vários movimentos Brasil a fora. Até chegar à libertação, alguns fatos históricos ocorridos na província do Ceará foram extremamente importantes para o abolicionismo: A Guerra dos Jangadeiros e as alforrias na Vila do Acarape, atualmente, município de Redenção.