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A China, grande parceira política da Rússia, está em evidência nas discussões diplomáticas sobre o atual avanço militar dos russos na Ucrânia. A posição do país asiático durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas sobre o conflito foi muito aguardada. Entretanto, Pequim decidiu se abster da resolução que condenava a invasão do território ucraniano, uma posição que diz muito sobre o dilema enfrentado por Pequim.
Enquanto se encontra pressionada pelos países ocidentais para se opor à ofensiva militar, mas estrategicamente vinculada à política russa, a China, segundo o ministro das Relações Exteriores do país, Wang Yi, está “do lado certo da história” em relação à crise. Mas qual seria essa posição?
Alexandre Uehara, especialista em relações internacionais e professor da ESPM, afirma que o “lado certo” está ligado à posição pragmática que o país adota diante da situação.
“A China tem interesse em manter relações com a Rússia por questões geopolíticas, mas os Estados Unidos são seu principal parceiro econômico. O país não tem como abrir mão da Rússia, grande parceira estratégica, ao mesmo tempo que só se tornou a segunda maior economia do mundo porque manteve relações econômicas importantes com o Ocidente”, explica.
De acordo com Alana Camoça, professora de relações internacionais da UFRJ e pesquisadora do LabChina-UFRJ, a principal consequência para a China em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia está ligada à área política. "A guerra traz problemas para a legitimidade chinesa no âmbito internacional, já que o país é visto do lado oposto ao do Ocidente, porque tem se colocado como neutro."
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