elaborar uma cantiga a sua escolha, podera ser de um amigo, amor, escarnio e maldizer.
*minimo 4 estrofes.
*minimo 4 versos por cada estrofes.
*versos rimando.
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Resposta:PORTUGUÊS
Trovadorismo - poesia - Cantigas de amor, de amigo e de escárnio e maldizer
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Trovadorismo - origens e prosa
A experiência mais criativa e fecunda do Trovadorismo - e, portanto, dos primórdios da literatura portuguesa - encontra-se na poesia trovadoresca (e não na prosa, que é tratada num artigo à parte: veja aqui). De um lirismo estranho, quando comparados, por exemplo, à poesia moderna, os poemas dos trovadores podem parecer ultrapassados àqueles que fizerem uma leitura desatenta, superficial.
Massaud Moisés diz bem quando salienta que a poesia trovadoresca "exige do leitor de nossos dias um esforço de adaptação e um conhecimento adequado das condições históricas em que a mesma se desenvolveu, sob pena de tornar-se insensível à beleza e à pureza natural que marcam essa poesia".
Para conhecer as origens da lírica trovadoresca, devemos recordar que, a partir do século 11, e durante todo o século 12, a região da Provença, no sul da França, produziu trovadores e jograis que acabaram se espalhando por vários países da Europa. A influência da poesia provençal chega, inclusive, aos nossos dias. Esses provençais se misturariam aos jograis e menestréis galego-portugueses, dando origem às cantigas que veremos a seguir.
É também da Provença que vem o substantivo "trovador", pois lá o poeta era chamado "troubadour" (enquanto que, no norte da França, recebia o nome de "trouvère"). Nos dois casos, o radical da palavra é o mesmo, referindo-se a "trouver", ou seja, "achar". Os poetas eram aqueles que "achavam" os versos, adequando-os às melodias e formando os cantares ou cantigas.
Para fins didáticos, divide-se a lírica trovadoresca em:
1. Cantigas de amor: o trovador confessa, de maneira dolorosa, a sua angústia, nascida do amor que não encontra receptividade. O "eu lírico" desses poemas se revela, às vezes, na forma de um apelo repetitivo, no qual não há erotismo, mas amor transcendente, idealizado. Como exemplo, vejamos esta cantiga de Pero Garcia Burgalês:
Ai eu coitad! E por que vi
a dona que por meu mal vi!
Ca Deus lo sabe, poila vi,
nunca já mais prazer ar vi;
ca de quantas donas eu vi,
tam bõa dona nunca vi.
Tam comprida de todo bem,
per boa fé, esto sei bem,
se Nostro Senhor me dê bem
dela! Que eu quero gram bem,
per boa fé, nom por meu bem!
Ca pero que lh’eu quero bem,
non sabe ca lhe quero bem.
Ca lho nego pola veer,
pero nona posso veer!
Mais Deus, que mi a fezo veer,
rogu’eu que mi a faça veer;
e se mi a non fazer veer.
Sei bem que non posso veer
prazer nunca sem a veer.
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