“Para Karl Marx (1818-1883), religião é a mais pura ilusão. Pior talvez, é uma ilusão com consequências muito negativas. É um exemplo extremo de ideologia, de um sistema de crença cujo propósito do dirigente é simplesmente prover razões — desculpas, na verdade — para manter exatamente a forma de organização social dominadora que o opressor aprecia.”
FILHO, José Adriano; SOUZA, José Francisco de; GINI, Sergio. Estudos das Religiões. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. p. 88.
A religião, segundo Marx, deve ser investigada em razão das funções que desempenha na sociedade e não com base em seus conteúdos e elementos externos. Dentre os pontos abordados por Marx temos:
I. Os conteúdos desenvolvidos pela religião são, na melhor das hipóteses, ideologias — ideias tendenciosas, representações falsas, parciais e incompletas da realidade.
II. As ideologias são construídas para reforçar a dominação e a opressão, além de impedir a sua superação.
III. A religião promete, em um mundo futuro, uma vida plena e feliz para desviar a atenção dos oprimidos no seu presente, assim, evita que eles se esforcem para mudar as estruturas que produzem sua miséria.
IV. A religião é o ópio do povo porque ela, em sua racionalidade, mata o ideal de uma vida melhor nesta terra, desse modo é contrária a qualquer aspecto de luta social.
Os conceitos que realmente foram emitidos por Marx são:
A) I, II e III.
B) I, II e IV.
C) I, III e IV.
D) II, III e IV.
Respostas
A sequência correta se apresenta em: Apenas I, II e III. Segundo Karl Marx, a religião está associada a luta de classes, principalmente a partir do desenvolvimento da sociedade industrial, que gerou a inclusão do trabalhador nas instituições religiosas, com o objetivo de prosperar e visar um pós vida pleno e feliz.
Como notamos o sentido de religião e capitalismo?
No período da primeira Revolução Industrial estava sendo estabelecido pela cultura protestante o desenvolvimento da economia, quebrando a imposição da igreja católica sobre os indivíduos, o colocando na posição de trabalhador para seu próprio sustento e não para o pagamento a igreja em busca da salvação.
Assim, surge a ética protestante do trabalho, que foi um termo desenvolvido fazendo um contrate com o atendimento religioso promovido durante a fase da ética protestante.
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