Copie o texto de Carlos Drummond de Andrade e responda as perguntas:
Eu, etiqueta
Em minha calça está grudado um nome.
Que não é meu de batismo ou de cartório.
Um nome...estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida.
Que jamais pus na boca, nessa vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro.
Que não fumo, atéhoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos.
Que nunca experimentei.
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido.
De alguma coisa não provada.
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, [...]
E fazem de mim homem - anúncio itinerante.
Andrade, Carlos Drummond.
Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984.
1- Os PRONOMES RELATIVOS são aqueles que se referem a um termo antecedente. Podemos perceber essa afirmativa nos versos 2, 5, 7 e 9.
Transcreva do texto esse pronome e os nomes a que se refere:
2- Existem palavras ou expressões que indicam CIRCUNSTÂNCIAS. Nesse sentido, o primeiro verso apresenta um valor circunstancial de:
a) proporção
b) tempo
c) causa
d) lugar
3) Em "MINHA calça", "MEU de batismo", os termos destacados:
a) referem - se a um antecedente.
b) transmitem a ideia de posse.
c) indeterminam uma palavra.
d) substituem um nome.
POR FAVOR ME AJUDA, EU PRECISO PRA HOJE, NA VDD EU PRECISO PRA DAQUI A POUCO....
Respostas
Resposta:
No trecho: “E fazem de mim homem-anúncio itinerante, Escravo da matéria”, Drummond mostra o impacto que o consumismo traz em nossas vidas, nos mergulhando em um universo que grita “para ser parte de algo, para ser alguém, você precisa usar, comprar e consumir“ (C).
Descobrindo mais sobre o poema "Eu, etiqueta", de Carlos Drummond de Andrade
Em “Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de escolher”, ele nos faz pensar se somos o que somos por vontade própria ou se fomos moldados pelas marcas.
O eu-lírico transmite a ideia de que não temos mais a capacidade de sermos quem queremos ser, de que acabamos cedendo nossa personalidade em troca de aceitação.
"Eu, etiqueta" traz um novo pensamento sobre o que e quem nós realmente somos, além de um alerta sobre como perdemos nossa liberdade para o consumismo. Na visão da sociedade, somos apenas matéria, um produto que vai variando conforme o tempo passa.