O termo microbiota intestinal refere-se à população de micro-organismos, como
bactérias, vírus e fungos, que habita todo o trato gastrointestinal, e tem como funções
manter a integridade da mucosa e controlar a proliferação de bactérias patogênicas.
Patrícia, 23 anos, estudante, tem uma alimentação rica em produtos industrializados, não pratica atividade física. E a alguns meses atras foi diagnosticada com infecção urinaria, e fez o uso dos antibióticos conforme orientação medica, porém como alguns comprimidos dos antibióticos sobraram. Patrícia teve uma gripe e pensou “Vou tomar os antibióticos que sobraram” e foi o que ela fez. Algumas semanas depois apresentou:
• Coceira na vagina e no canal vaginal;
• Corrimento branco, em grumos, parecido com a nata do leite;
• Ardor local e para urinar;
• Dor durante as relações sexuais.
Sobre o caso relato:
: Explique os sintomas apresentados por Patricia, coceira, ardencia ao urinar são sugestivos de? Qual a relação entre o o estilo de vida de Patricia, o uso de antibioticos de forma incorreta e a mirobiota intestinal? Como manter a flora intestinal saudavel e impedir a dibiose e com ela o aparecimento de outras doenças?
Respostas
Resposta:
Os antibióticos têm grande importância para a medicina moderna porque combatem, em poucos dias, bactérias que já mataram milhões de pessoas. Mas, apesar de combaterem bactérias perigosas, matam também outras bactérias e micróbios que vivem no intestino. O boletim Pílula Farmacêutica desta semana fala sobre a relação do uso dos antibióticos com a flora intestinal.
As bactérias presentes nos intestinos são conhecidas como microbiota e vivem em harmonia com o corpo humano, produzindo vitaminas e a manutenção do intestino. Os antibióticos não são seletivos apenas às bactérias patogênicas, e estudo envolvendo camundongos tratados com antibióticos evidenciou mudanças drásticas na microbiota intestinal e maior suscetibilidade dos animais a outras infecções.
Quando a flora intestinal sofre um desequilíbrio, ocorre uma condição chamada disbiose, que provoca sintomas como náuseas, gases, diarreia e prisão de ventre. A disbiose tem cura, mas, quando não é tratada, as bactérias ruins podem migrar para o sangue e causar uma infecção em todo o organismo e, em casos mais graves, levar à morte. Uma alimentação correta e o uso de probióticos podem evitar que isso aconteça.
Explicação:
Os antibióticos têm grande importância para a medicina moderna porque combatem, em poucos dias, bactérias que já mataram milhões de pessoas. Mas, apesar de combaterem bactérias perigosas, matam também outras bactérias e micróbios que vivem no intestino. O boletim Pílula Farmacêutica desta semana fala sobre a relação do uso dos antibióticos com a flora intestinal.
As bactérias presentes nos intestinos são conhecidas como microbiota e vivem em harmonia com o corpo humano, produzindo vitaminas e a manutenção do intestino. Os antibióticos não são seletivos apenas às bactérias patogênicas, e estudo envolvendo camundongos tratados com antibióticos evidenciou mudanças drásticas na microbiota intestinal e maior suscetibilidade dos animais a outras infecções.
Quando a flora intestinal sofre um desequilíbrio, ocorre uma condição chamada disbiose, que provoca sintomas como náuseas, gases, diarreia e prisão de ventre. A disbiose tem cura, mas, quando não é tratada, as bactérias ruins podem migrar para o sangue e causar uma infecção em todo o organismo e, em casos mais graves, levar à morte. Uma alimentação correta e o uso de probióticos podem evitar que isso aconteça.
Os sintomas apresentados por patrícia de coceira são oriundos da replicação da Cândida Albicans, ou seja, a doença é favorável a candidíase vulvovaginal.
A ardência ao urinar diz respeito à ascendência de bactérias e / ou fungos oportunistas para o trato urinário (passando pela uretra).
O uso indiscriminado de antibióticos favorece a propagação de doenças oportunistas residentes desta microbiota, como, Candida albicans. Além disso, é fundamental medidas de controle para evitar novos aparecimento como evitar duchas vaginais (retiram a microbiota fisiológica).
Como realizar um diagnóstico de vulvovaginite?
Primeiramente, criaremos seguimentos para facilitar nosso raciocínio diagnóstico.
- Patrícia teve um diagnóstico de infecção urinária: ao utilizar o antibiótico teve melhora do quadro;
- Patrícia teve uma gripe: utilizou os medicamentos para o tratamento de infecção urinária;
- Patrícia apresenta um novo quadro clínico: coceira na vagina e no canal vaginal, corrimento e grumos, ardor ao urinar, dor durante a relação sexual.
Pelos sinais e sintomas:
- Coceira (prurido) na vaginal e canal vaginal;
- Corrimentos e grumos: altamente sugestivo de candidíase;
- Ardor ao urinar (disúria): sugestivo de infecção do trato urinário baixo;
- Dor durante a relação sexual: devido à perda da integridade do epitélio no canal vaginal e a inflamação local.
A vaginose e a candidíase possuem sintomas bem parecidos, entretanto, o corrimento grumoso (aspecto nata do leite) é mais específico para candidíase, sugestionando o diagnóstico de candidíase vaginal.
O estilo de vida de patrícia e o uso de antibiótico discriminado favorece a proliferação de microorganismos oportunistas da microbiota, ao utilizar o antibiótico não há discriminação das bactérias boas ou ruins, há a morte de todas, e com isso, há a proliferação daquela que melhor se adapta, no caso da Patrícia, foi a Candida albicans.
Uma forma de manter a flora intestinal saudável é evitar o uso indiscriminado de antibióticos, além disso, é fundamental uma alimentação saudável para ocorrer a manutenção da microbiota fisiológica.
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