Comparação entra a Crise de 1994 e a Crise de 1929, bem completinho porque é trabalho de escola e queria tirar uma nota boa. Só para ter uma base.
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1929 - A Grande Depressão
Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos entraram em uma fase de grande prosperidade econômica, particularmente nos anos 20. A Europa estava completamente arrasada pelo conflito. Mas os “anos felizes” não duraram muito. A partir de 1925, a Europa começou a se reerguer, recuperando mercados consumidores e passando a comprar menos dos norte-americanos.
Embora as exportações americanas tenham diminuído, o ritmo de produção permaneceu o mesmo. Com os estoques em alta e os preços em queda, várias empresas foram à falência. O marco da crise de superprodução foi a queda das ações da Bolsa de Valores de Nova York, em 29 de outubro de 1929.
Nos três anos seguintes, o PIB mundial encolheu 15%. Só nos Estados Unidos, a produção industrial encolheu 46% entre 1929 e 1932. O desemprego chegou a 25%.
Para complicar o cenário, muitos países passaram a adotar medidas protecionistas, o que favoreceu uma maior retração. Nesses três anos, o comércio exterior americano encolheu 70%; o britânico, 6%; o francês, 54%; e o alemão, 61%.
1994 - A crise dos mercados emergentes
Uma série de crises atingiu os mercados emergentes a partir de 1994. O primeiro a sentir os problemas foi o México. A confiança dos investidores no país tinha crescido a partir dos anos 90, com a adesão do país ao Nafta. O PIB crescia próximo aos 4% ao ano. No período pré-eleitoral de 1994, adotou-se uma política fiscal e monetária expansiva. Títulos mexicanos de curto prazo, emitidos em pesos, garantiam seu pagamento em dólares. Mas a instabilidade política crescia: conflitos agrários e com movimentos indígenas no Sul do país e o assassinato do líder nas pesquisas para as eleições presidenciais, Luís Donaldo Colosio.
O aumento no risco despertou a atenção dos investidores. O peso também estava sobrevalorizado e o país tinha déficits na balança comercial. O dinheiro investido no México começou a ser retirado rapidamente. Para manter o valor da moeda, o BC mexicano começou a queimar as reservas. E no final do ano, foi obrigado a desvalorizar o peso. Um consórcio financeiro liderado pelos EUA e FMI liberou US$ 50 bilhões para o país em 1995. Nesse ano, o país passou por uma violenta recessão, com o PIB encolhendo 6,3%.
A segunda fase da crise dos mercados emergentes atingiu os países do Sudeste Asiático em 1997. Apesar das fortes taxas de crescimento – superiores a 6% ao ano a partir de 1987, as economias tinham sérios problemas. O endividamento externo era crescente e os países passavam por “bolhas de crédito”, com facilidade na liberação de recursos para estimular o crescimento. Os países também tinham déficits nas contas externas.