• Matéria: Psicologia
  • Autor: andresasca
  • Perguntado 3 anos atrás

Constantemente o SUS inova na proposição de ferramentas que contribuam para a ampliação do atendimento e da compreensão dos fenômenos que envolvem o processo de saúde e doenças. Podemos destacar algumas: o colegiado de gestão é um lugar no qual o coordenador experiencia a sua liderança democrática, percebendo até onde ou o quanto consegue compartilhar decisões que afetam a vida dos trabalhadores de sua unidade, conciliando a sua autoridade a um modelo de decisão participativo. Outra ferramenta é o Apoio Institucional, no qual um agente externo à unidade proporciona a construção coletiva das práticas, através também da educação permanente, auxiliando na análise da gestão e na organização dos processos de trabalho, articulando com outros atores da política de saúde e de outras políticas necessárias para a problematização do caso clínico. E, por fim, o apoio matricial que se configura como um modo de operação entre duas ou mais equipes que constroem coletivamente ações em saúde, focando em uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica.



Quais as potencialidades e desafios comuns a essas três ferramentas (colegiado de gestão, apoio institucional, apoio matricial)? Elabore também uma reflexão sobre as diferenças entre esse modelo de cuidado e a visão hospitalocêntrica, anterior à reforma psiquiátrica:

Respostas

respondido por: patricianataliamendo
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Resposta:

Explicação:

. O Colegiado deve instituir processo de planejamento regional, que defina as prioridades, as responsabilidades de cada ente, as bases para a programação pactuada integrada da atenção à saúde, o desenho do processo regulatório, as estratégias de qualificação do controle social, as linhas de investimento e o apoio para o processo de planejamento local (BRASIL, 2006A, P.21).

Assim, o CGR passa a ser o espaço que consolida a dinâmica política entre os entes federados no nível das regiões de saúde, a exemplo do papel cumprido pelos CIBs e CIT em seus respectivos níveis (ELIAS; DOURADO, 2011).

Levando isso em consideração, pode-se dizer que novos instrumentos vêm ao auxílio das necessidades do sistema de saúde brasileiro, ao mesmo tempo em que o CGR surge como espaço privilegiado de viabilização da cooperação entre os gestores, gerando pactos profundamente necessários para que novos avanços - em especial no sentido da integralidade - sejam possíveis.

Já o apoio institucional (AI) é uma função, ou metodologia de trabalho gerencial, direcionada a coletivos organizados para a produção de saúde, que visa a promover a análise e a gestão compartilhadas do trabalho, em contraposição às principais características dos modos tradicionais de administração. Nesse sentido, objetiva a democratização das instituições e procura evidenciar as relações intrínsecas entre a oferta de serviços que atendam a necessidades sociais, à configuração das organizações que os provêm e à formação subjetiva dos profissionais que nelas atuam. No âmbito da Atenção Básica (AB), escopo de reflexão deste trabalho, o AI foi também incorporado como uma função gerencial de suporte à implementação e consolidação da Política Nacional de Atenção Básica (Pnab), principalmente no tocante à sua adequação aos contextos e políticas locorregionais. O Apoio Matricial, também chamado de matriciamento, é um modo de realizar a atenção em saúde de forma compartilhada com vistas à integralidade e à resolubilidade da atenção, por meio do trabalho interdisciplinar 1,2. Na Atenção Básica em Saúde (ABS)/ Atenção Primária em Saúde (APS), ele pode se conformar através da relação entre equipes de Saúde da Família (equipes de SF) e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), configurando-se de diferentes formas através de suas duas dimensões: técnico-pedagógica e assistencial 1,2,3.

Na dimensão técnico-pedagógica, estão incluídas as ações conjuntas entre profissionais do NASF e das equipes vinculadas, considerando-se as necessidades de cada indivíduo, família ou comunidade em questão e as possibilidades de integração3. Tais ações são importantes estratégias para a educação permanente das equipes de SF, uma vez que o compartilhamento de saberes e práticas promovem o “aprender no fazer em conjunto”. São possibilidades de configuração das ações conjuntas 3: Reuniões de matriciamento: reuniões periódicas, no mínimo realizadas mensalmente, entre cada um dos profissionais do NASF com cada equipe de SF vinculada, com o objetivo de discutir casos e temas, pactuar ações, avaliar seus resultados e repactuar novas estratégias para a produção do cuidado.

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