1. Os historiadores João Fragoso e Manolo Florentino são representantes de uma corrente historiográfica que vem procurando romper com alguns esquematismos da historiografia sobre a América portuguesa, que entende a história colonial por um viés economicista, e propiciar novas interpretações sobre a economia e a sociedade coloniais brasileiras. Uma de suas contribuições foi inserir a ideia do sistema de mercês ou economia do dom para entender a relação entre a colônia e metrópole. Leia o trecho abaixo, retirado da obra “Arcaísmo como projeto”: "O sistema de mercês [ou economia do dom] [...] a Coroa continuamente criava e recriava uma hierarquia social fortemente desigual, baseada em privilégios. Uma consequência dessas práticas foi a formação de uma aristocracia constituída não tanto por grandes proprietários, como na Inglaterra e França, mas principalmente por beneficiários dos favores reais.” De acordo com o trecho acima, e com seus conhecimentos sobre a economia e a sociedade coloniais, é possível afirmar que a relação entre a colônia e a metrópole, no sistema de mercês, se dava:
A. através da venda, por parte dos colonos, dos produtos manufaturados da metrópole nas municipalidades coloniais.
B. através da doação de terras na colônia e privilégios aos que desempenhassem funções e tarefas para a coroa portuguesa.
C. através de uma racionalização na distribuição de recursos econômicos com a instauração de uma burocracia administrativa.
D. através de uma ampliação dos sujeitos que poderiam se beneficiar do sistema de mercês, incluindo africanos escravizados, judeus e indígenas.
E. através do rechaço aos títulos de nobreza e da conquista de cargos públicos por eleições diretas, sem a interferência da metrópole.
Respostas
Resposta:
inserir" (e quaisquer palavras subseqüentes) foi ignorada, pois limitamos as consultas a 32 palavras.
Resposta:
B.
através da doação de terras na colônia e privilégios aos que desempenhassem funções e tarefas para a coroa portuguesa.
Explicação:
O sistema de mercês criava práticas que, exportadas à estrutura social colonial, significava uma forma particular de relacionamento entre a colônia e metrópole: aristocratas, que desempenhassem funções na colonização e na economia colonial, eram beneficiados com terras e privilégios pela coroa. Ou seja, tratava-se de uma relação de vassalagem e de subordinação pela prestação de serviços, não pelas relações econômicas coloniais, nem pela ampliação de sujeitos que poderiam se beneficiar no sistema de mercês, e nem por seu rechaço.