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Oi!
A música do Nordeste é muito diversificada e representativa das matrizes étnicas que em seu território convivem há séculos. Essa longa convivência deu origem uma música peculiar, um espelho fiel da nossa miscigenada formação histórico-cultural. Destas matrizes o Brasil herdou seu instrumental, seu sistema harmônico, seus cantos, suas danças, ritmo e cadência, junção dos ritmos uma amálgama cultural: dos batuques e síncopes dos africanos (batuques dos acompanhados de percussão, tambores, atabaques e marimbas e ainda palmas, xequerês e ganzás), dos nativos (cantos das danças rituais indígenas acompanhadas por instrumentos de sopro - flautas de várias espécies, trombetas e apitos - e por maracás e bate-pés) e dos europeus (música erudita, música religiosa, cantachão das missas e hinos e os toques e fanfarras militares). Esta música desde a sua origem foi engajada, comprometida com o mundo real, fosse através das toadas de lamento dos escravos saudosos de sua terra natal ou dos aboios dos vaqueiros que transmitiam através do canto o seu cotidiano de luta em um ambiente inóspito e rústico.
Desde o início dos anos 90 do século XX o Nordeste vem sendo palco de um processo de renovação musical, um estilo que resulta da fusão de vários estilos, um processo de hibridização consubstanciando-se a partir da revalorização do tradicional forró pé-de-serra, das sambadas de maracatu, das rodas de coco, das emboladas, repentes, aboios, repente, poesia popular, os benditos e as incelências, os batuques de terreiro afro, a literatura de cordel com tendências musicais mais modernas, como o rock, o hip hop, o reggae.
Bons estudos!