Para responder a este desafio você deve se posicionar sobre o conceito de raça como uma categoria biológica ou social e quais as implicações disso para a forma do racismo.


Já há muitos anos que os cientistas têm como certo que negro e branco não podem ser chamados de raças, no conceito biológico. Para os fins científicos, a espécie humana não tem divisão em raças, mas diferentes variações genéticas. Por isso, muitos defendem que o conceito de raça e etnia devem ser deixados. Por outro lado, sociólogos e antropólogos argumentam que os conceitos de raça e de etnia ainda têm razão de ser, pois, se não existem biologicamente, ao menos socialmente ainda têm efeito. Como argumento, os sociólogos afirmam que o racismo e a discriminação segundo a cor, raça ou etnia são formas que demonstram a existência desses conceitos. Especificamente no Brasil, no entanto, existem pessoas que afirmam ser impossível dividir a população em raças, pois são todos miscigenados, do ponto de vista genético e também na aparência. Dizem ainda que o mestiço não é discriminado pois tem o seu espaço, e que não há nenhum negro puro no Brasil. Segundo alguns autores, nos EUA as relações raciais não têm meio termo: quem é moreno claro é considerado negro, para todos os efeitos.


Dado isso, responda às seguintes questões:

- Raça é um conceito social ou biológico? Como determinar o racismo no Brasil, se aqui, diferentemente dos EUA, não se tem um embasamento que seja fator de desigualação?


Orientação de resposta:

- Discutir raça e etnia como conceitos biológicos e sociais (culturais).

- Passar pelos conceitos de racismo de origem e de marca no contexto brasileiro.

Respostas

respondido por: estefanylorranyjesus
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PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO

Raça e etnia são conceitos sociais com marcas biológicas. Como construto social, a raça deve ser pensada dentro de uma sociedade específica e não fora dela. Em uma comunidade de pessoas biologicamente semelhantes (como nipônicos) e sem contato com outros povos, não faz sentido se falar de raça, do mesmo modo que na sociedade americana, como na sul-africana ou como na brasileira. Pouco importa se tais diferenças físicas configuram o conceito de raça para a biologia. O que importa é o uso social dessa linguagem que cria um parâmetro de desigualação, o que, por razões históricas, foi chamado de raça. Portanto, a raça se define de acordo com o racismo em uma sociedade, pois, se fôssemos cegos para as cores, o preconceito e a marcação de raça seria também outra. Ou seja, os conceitos de raça e de racismo estão intimamente ligados em uma sociedade. Nos EUA o racismo é de origem, portanto, importa menos a sua cor, e mais a cor dos seus pais, a sua origem racial. Assim, vários mestiços quase brancos são tratados como negros nos EUA. No Brasil, por outro lado, os sociólogos dizem que temos um racismo de marca. Ou seja, importa menos a origem e mais as características físicas, como o cabelo, o tamanho do nariz, dos lábios e a cor propriamente dita.

respondido por: elisreginaalves53
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Resposta:

Padrão de resposta esperado

Raça e etnia são conceitos sociais com marcas biológicas. Como construto social, a raça deve ser pensada dentro de uma sociedade específica e não fora dela. Em uma comunidade de pessoas biologicamente semelhantes (como nipônicos) e sem contato com outros povos, não faz sentido se falar de raça, do mesmo modo que na sociedade americana, como na sul-africana ou como na brasileira. Pouco importa se tais diferenças físicas configuram o conceito de raça para a biologia. O que importa é o uso social dessa linguagem que cria um parâmetro de desigualação, o que, por razões históricas, foi chamado de raça. Portanto, a raça se define de acordo com o racismo em uma sociedade, pois, se fôssemos cegos para as cores, o preconceito e a marcação de raça seria também outra. Ou seja, os conceitos de raça e de racismo estão intimamente ligados em uma sociedade. Nos EUA o racismo é de origem, portanto, importa menos a sua cor, e mais a cor dos seus pais, a sua origem racial. Assim, vários mestiços quase brancos são tratados como negros nos EUA. No Brasil, por outro lado, os sociólogos dizem que temos um racismo de marca. Ou seja, importa menos a origem e mais as características físicas, como o cabelo, o tamanho do nariz, dos lábios e a cor propriamente dita.

Explicação:

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