A beleza tem sido essencial para nossa civilização por mais de 2000 anos. Em seu início na Grécia antiga a filosofia refletiu sobre a arte, música e arquitetura e a vida cotidiana. Através da percepção da beleza moldamos o mundo como um lar. Também passamos a entender sua própria natureza.
A respeito da ideia de beleza na arte, analise as alternativas a seguir e assinale apenas a Incorreta:
Alternativas:
a)
Podemos definir estética como apreciação filosófica do belo.
b)
A emoção que sentimos ao contemplar uma obra de arte não pode ser definida como prazer estético.
c)
Tudo o que é rememorável a cada um no contato visual pode de uma forma ou de outra proporcionar prazer estético.
d)
O prazer estético a partir de uma imagem e não de outra é definido pela nossa experiência de vida.
2)
Considere as informações sobre a ideia de beleza na arte da Antiguidade e marque F para Falso e V para Verdadeiro.
( ) Na arte da antiguidade estabeleceu-se um padrão de beleza que se perpetua até os dias de hoje.
( ) Na arte da antiguidade pessoas ou coisas desprovidas de beleza eram rejeitadas.
( ) Na arte da antiguidade o padrão de beleza era divino e os deuses eram perfeitos.
( ) Na arte da antiguidade: a imagem na pintura era melhorada e na escultura as imperfeições humanas eram corrigidas.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Alternativas:
a)
F, V, F, V
b)
F, V, V, V
c)
V, F,F,V
d)
V, F, V, V
3)
Leia atentamente a descrição a seguir.
Este artista, que ensinou muitos jovens artistas britânicos, possui trabalhos que dominam o mundo da arte. Ele segue os exemplos de Duchamp com seu próprio trabalho semiótico chamado "An Oak Tree" (Um carvalho), que consiste em um copo de água em uma prateleira e um texto explicando: por que isso é um carvalho?
O texto acima refere-se a que artista?
Alternativas:
a)
Michael Craig-Martin.
b)
Marcel Duchamp.
c)
Mira Schendel.
d)
François Picabia
4)
Assinale a alternativa que corresponda corretamente as principais características do artista brasileiro Vik Muniz.
Alternativas:
a)
A técnica pictórica é apresentada com muita singularidade que, ao mesmo tempo singela, também traduz a complexidade da integração entre cores e formas.
b)
O artista revela, desde o início da carreira, a vontade de enfrentar a pintura como fato decorativo, aproximando-se da obra de artistas como Henri Matisse.
c)
O lixo ganha espaço em sua arte que traz um contraste marcante e dá lugar privilegiado para o feio e o belo, a rico e o pobre, o caos e a ordem, a harmonia e o desacordo.
d)
Para este artista as figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração e não existe na natureza.
5)
Inspirada nas obras de Aleijadinho e nas igrejas estilo barroco de Ouro Preto, cria a série Barrocos, com início em 1987. Várias exposições são realizadas com obras abstratas inspiradas na interpretação da história do Brasil desde a colonização, nas quais conferiu caráter interpretativo associado às obras literárias, à política e à condição humana. Em 1995 inicia suas investigações para a composição das séries Acadêmicos e Línguas e Cortes, temática que acompanharia a sua carreira, trazendo reconhecimento dos críticos da arte contemporânea.
O texto acima faz referência a qual artista contemporâneo?
Alternativas:
a)
Henri Matisse.
b)
Beatriz Milhazes.
c)
Vik Muniz.
d)
Adriana Varejão.
Respostas
“Em qualquer tempo, entre 1750 e 1930, se se pedisse a qualquer pessoa educada para descrever o objetivo da poesia, da arte e da música, eles teriam respondido: a beleza. E se você perguntasse o motivo disto, aprenderia que a beleza é um valor tão importante quanto a verdade e a bondade. Então, no séc. XX, a beleza deixou de ser importante. A arte, gradativamente, se focou em perturbar e quebrar tabus morais. Não era beleza, mas originalidade, atingida por quaisquer meios e a qualquer custo moral, que ganhava os prêmios. Não somente a arte fez um culto à feiúra, como a arquitetura se tornou desalmada e estéril. E não foi somente o nosso entorno físico que se tornou feio: nossa linguagem, música e maneiras, estão cada vez mais rudes, auto centradas e ofensivas, como se a beleza e o bom gosto, não tivessem lugar em nossas vidas. Uma palavra é escrita em letras garrafais em todas estas coisas feias, e a palavra é: EGOISMO. “Meus lucros”, “meus desejos”, “meus prazeres”. E a arte não tem o que dizer em resposta, apenas: “sim, faça isso”! Penso que estamos perdendo a beleza e existe o perigo de que, com isso, percamos o sentido da vida.
Sou Roger Scruton, filósofo e escritor. Meu trabalho é fazer perguntas. e durante os últimos anos, venho fazendo perguntas sobre a beleza. A beleza tem sido essencial para a nossa civilização por mais de 2.000 anos. Em seu inicio, na Grécia antiga, a filosofia refletiu sobre a arte, música, arquitetura, e a vida cotidiana. Filósofos argumentaram que, através da percepção da beleza, moldamos o mundo como um lar. Também passamos a entender sua própria natureza, sua essência espiritual. Mas nosso mundo virou as costas para a beleza. E, por este fato, nos encontramos rodeados de feiúra e alienação. Quero persuadí-lo de que a beleza importa, de que não é somente algo subjetivo, mas uma necessidade universal do ser humano. Se ignoramos esta necessidade, nos encontramos em um deserto espiritual. Quero te mostrar a rota de fuga deste deserto. Este é um caminho que nos leva de volta ao lar”.