• Matéria: Biologia
  • Autor: thainaracristin
  • Perguntado 3 anos atrás

1- Animais inoculados com a proteina albumina apresentam uma reação aguda de hipersensibilidade (tipo I). a) Descreva o que ocorre com o animal se ocorrer apenas uma inoculação. b) Se houver mais de uma inoculação com albumina nesses animais, o que aconteceria? c) Se os animais fossem knockout para o receptor FceRI (fossem modificados geneticamente para não apresentarem esse receptor), recebessem a inoculação com albumina duas vezes em um intervalo de 20 dias, o que provavelmente aconteceria e por que?​

Respostas

respondido por: lucianorodrigues100
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Resposta:Em geral, os valores de proteína total no plasma têm em torno de 5% a mais do que os de soro, por causa do fibrinogênio. Esses valores estão influenciados pelas seguintes variações fisiológicas:

– Idade: os animais neonatos apresentam níveis baixos de proteínas plasmáticas devido a possuírem pequenas quantidades de imunoglobulinas e albumina. À medida que o animal ingere colostro, aumentam os níveis de globulinas progressivamente até a maturidade. Assim, em animais de menos de seis meses, os valores se situam no intervalo menor de referência. De qualquer forma, com exceção dos primeiros dias de vida, as diferenças nunca são de tal magnitude que possam ser confundidas com problemas clínicos.

Hiperproteinemia

Os aumentos de proteínas totais na clínica veterinária podem ser produzidos por aumentos de albumina e/ou de globulinas. Esses aumentos são causados por dois motivos principais: desidratação e inflamação.

Desidratação

Vem acompanhada de aumento de albumina e de globulinas. Os níveis de proteínas estão aumentados por hemoconcentração ao diminuir o volume plasmático. Essa desidratação deve ser confirmada mediante exame físico do animal e deve produzir outras alterações analíticas, como aumento do hematócrito. Nesses casos, os níveis de albumina estão elevados de forma relativa, pois aumento verdadeiro de albumina não tem sido descrito. Esse aumento relativo também se produz nas globulinas.

Inflamação

Vem acompanhada de baixa de albumina e aumento das globulinas. Nesses casos, maiores detalhes sobre tipo e causa da inflamação são obtidos por meio do proteinograma, que permite estudar as diferentes frações de globulinas de forma individual. Em geral, aumento de globulinas por problemas inflamatórios acompanham baixa concomitante na concentração de albumina e se enquadra na resposta de fase aguda.

Hipoproteinemia por baixa de albumina

Inclui processos onde estão diminuídas as proteínas totais e que cursam com baixa de albumina, sendo esta a fração que mais se afeta. As globulinas têm uma resposta variável, pois podem estar também diminuídas (casos de hemorragia, má absorção, insuficiência cardíaca), normais ou aumentadas (em caso que houvesse uma inflamação concomitante). As causas de diminuição de albumina podem ser agrupadas em três processos: síntese ou absorção, perdas e diluição.

Problemas de síntese ou absorção de albumina

Insuficiência hepática: a diminuição de albumina nesses casos pode ser de moderada a severa, dependendo do grau de alteração da função hepática. Não ocorre hipoalbuminemia até que a massa funcional hepática diminua em 70-80%, implicando cronicidade do processo causador. As provas de funcionalidade hepática estarão alteradas nesses casos.

Falha de absorção intestinal: incluir problemas de: (a) má digestão por insuficiência pancreática, em que a baixa de albumina é moderada e apenas em casos sem tratamento por tempo prolongado; os animais afetados apresentam perda de peso severa, diarreia de intestino delgado e esteatorréia: e (b) má absorção (enteropatia com perda de proteínas). Em geral, há suspeita dessas alterações quando ocorrem baixas moderadas a severas de albumina, com ou sem diarreia, e se descartam outras causas de queda de albumina. No diagnóstico de enteropatia com perda de proteínas, recomenda-se realizar exame endoscópico e análise de biópsia intestinal.

Má nutrição proteica: pode ocorrer baixa na albumina em situações bastante prolongadas e graves, pois existe um mecanismo de compensação que consiste na passagem de albumina do espaço extravascular (tecidos) ao intravascular. Assim, se observa uma considerável perda de proteínas tissulares com mudanças menores das proteínas plasmáticas.

Perdas excessivas de albumina

Síndrome nefrótica: produzida por alterações dos glomérulos renais (amiloidose renal ou glomerulonefrite). Nesse caso, a principal proteína perdida é a albumina porque sua molécula é menor, embora, em casos de dano glomerular grave também se percam globulinas. A hipoalbuminemia pode ser severa, acompanhada de proteinúria.

Hemorragias e lesões exsudativas por queimaduras ou traumatismos: nesses casos diminuem a albumina e as globulinas por igual, e a hipoproteinemia ocorre por dois mecanismos: (1) perda de proteínas pelas hemorragias ou lesões, e (2) passagem de fluido extravascular ao sistema vascular para restaurar o volume plasmático, o que gera uma redução na concentração de proteínas plasmáticas. Este último mecanismo é bastante rápido, sendo evidenciado duas a três horas após a ocorrência do problema. A queda na concentração proteica é compensada com albumina da linfa e aumento da síntese de albumina no fígado. A máxima diminuição ocorre a 24 horas da hemorragia, e os níveis podem demorar uma semana para voltar aos valores normais. Dentro dos processos hemorrágicos, podem incluir-se o parasitismo intestinal e úlceras do estômago ou do intestino.

Explicação:espero ter ajudado

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