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Um painel pantográfico pontuando a atuação da Força Aérea Brasileira (FAB) no céu da Itália durante a 2ª Guerra Mundial e uma maquete da aeronave de caça P-47 Thunderbolt empregada no conflito são algumas das atrações da exposição em comemoração ao “Dia da Libertação”, em 25 de abril de 1945. O evento ocorre entre os dias 04 e 08 de julho, no Espaço Cultural Mário Covas, Anexo II da Câmara dos Deputados, em Brasília. A solenidade de inauguração oficial da exposição está agendada para o dia 06 de julho, às 10h30.
Promovida pelo grupo parlamentar Brasil-Itália, em parceria com a Embaixada da Itália e do Ministério da Defesa, com a coordenação da Assessoria Parlamentar do Comandante da Aeronáutica (ASPAER), a mostra também vai retratar outro momento histórico, a Tomada de Monte Castelo, na Itália, pelos militares brasileiros da Força Expedicionária Brasileira (FEB), bem como a atuação da Marinha do Brasil no conflito.
“A Câmara dos Deputados, por meio da amostra em tela, abre espaço para retratar a valiosa contribuição dos militares brasileiros na Segunda Guerra Mundial, particularmente sobre as ações do efetivo do 1º Grupo de Aviação de Caça, cujas missões apoiaram decisivamente os combatentes terrestres em Monte Castelo”, disse o Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, Chefe da ASPAER.
Recorde de missões - Em 1944, durante a 2ª Guerra Mundial, o 1º Grupo de Aviação de Caça, desembarca na Itália e passa a operar como unidade independente do 350th Fighter Group, apoiando as tropas aliadas com as aeronaves de caça P-47 THUNDERBOLT.
A unidade era composta por quatro esquadrilhas, contabilizando quase 500 militares entre pilotos e pessoal de apoio, atuando em missões de ataque ao solo na importante missão de “estrangular” as forças do Eixo, deixando-os sem suprimentos. Como a ação realizada em fevereiro de 1945 em que os caças da FAB atacaram o inimigo em Monte Castelo e contribuíram para a vitória dos combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Mas o triunfo da Força Aérea foi em 22 de abril de 1945, quando uma grande ofensiva dos Jamboks “Sentaram a Pua” contra as forças alemãs, contabilizando 44 surtidas em 11 missões em um único dia (cada missão contava com quatro caças). Essa data marcante acabou se tornando o Dia da Aviação de Caça.
Engana-se quem pensa que o esforço acabou ali. Por mais três dias, depois de 22 de abril, os pilotos brasileiros voaram o suficiente para colocar dez esquadrilhas no ar diariamente. No mês de abril, eles quebraram recorde de missões na campanha da Itália: 135 em apenas 30 dias, o equivalente a 31% dos seis meses anteriores.
Entre 6 e 29 de abril de 1945, o Primeiro Grupo de Aviação de Caça do Brasil realizou 5% das missões de ataque dos países aliados na região na Itália, mas foi responsável por 15% dos veículos inimigos destruídos, 28% das pontes atingidas, além de 36% dos depósitos de combustível e 85% dos depósitos de munição danificados.
Além do1º Grupo de Aviação de Caça, a Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO) apoiou a Artilharia Divisionária (AD) da FEB, realizando missões de observação, ligação, reconhecimento e regulagem de tiro.
Criada em 20 de julho de 1944, durante a 2ª Guerra Mundial, operava aviões Piper L-4H, os quais haviam sido adaptados pelas US Army Air Forces para este tipo de missão. A 1ª ELO realizou 684 missões em quase 200 dias de operações.
Trator Voador - A aeronave P-47 Thunderbolt foi utilizada pelos pilotos da FAB durante a Segunda Guerra Mundial. O caça bombardeiro alcançava cerca de 14 mil pés de altitude e possuía oito metralhadoras calibre .50. Capaz de voar a quase 700 quilômetros por hora, o avião podia transportar mais de uma tonelada de bombas.