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Nesse sentido, com a chegada dos colonizadores europeus, foi organizada formas de uso e domínio dos territórios. No caso do Brasil, percebemos que a Coroa Portuguesa reservou ao espaço colonial brasileiro a condição de colônia de exploração.
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Colônia de exploração é um termo usado para denominar uma das formas de colonização que foi empregada pelos europeus a partir da conquista de territórios a partir do século XVI. Essa forma de colonização é caracterizada pela extração dos bens e recursos naturais disponíveis na colônia em benefício da metrópole. Esses territórios eram utilizados como fonte de riqueza para as nações europeias.
A colônia de exploração não era vista pela metrópole como um território passível de ser povoado. Pelo contrário, as metrópoles chegavam a criar mecanismos que impossibilitavam o desenvolvimento dos territórios e os mantinham economicamente dependentes. Esse sistema de colonização foi adotado em colônias da América do Sul, África e Ásia.
Em geral, as nações que foram tratadas como colônia de exploração se estruturaram como países de economia fraca e que ainda mantém relações de dependência com as grandes economias mundiais. O Brasil, por exemplo, que foi colônia de exploração da Coroa Portuguesa, atualmente, é uma nação em desenvolvimento cuja economia é fortemente influenciada pelo capital estrangeiro.
O que caracteriza uma colônia de exploração?
A principal característica da colonização feita com base na exploração diz respeito ao tipo de relação que se estabelece com a metrópole: a colônia de exploração se configurava como uma geradora de lucros. Todos os recursos existentes ou produzidos nesse território deveriam ser enviados para a metrópole. Foi exatamente o que aconteceu durante alguns dos ciclos econômicos do Brasil, em especial, o ciclo do pau-brasil e o ciclo da cana de açúcar.
Nas colônias portuguesas e espanholas, o domínio econômico da metrópole era documentado por meio do Pacto Colonial ou Exclusivo Metropolitano, um sistema de leis que regia a relação das coroas com suas colônias. A principal medida implementada por esse instrumento era a exclusividade unilateral no comércio. Ou seja, aquilo que era produzido na colônia só poderia ser comercializado à colônia ou aos mercados de interesse da colônia.
Desse modo, as metrópoles impediam que outros países lucrassem com a venda dos produtos oriundos de suas colônias. Por outro lado, o Pacto Colonial garantia que a colônia não teria acesso a produtos que não eram produzidos pela metrópole. Além disso, o documento favoreceu a construção de marcas importantes para caracterização dos locais em que vigorou o sistema de colônia de exploração.
Nesse sentido, podemos destacar o sistema plantation, um sistema de exploração agrícola que marca o cultivo da cana-de-açúcar no Brasil. Ele é caracterizado pelo plantio de uma única espécie vegetal (monocultura), em grandes extensões de terra (latifúndios), tendo como suporte a mão de obra escrava. Além da implementação do plantation, as colônias eram impedidas de se desenvolver industrialmente. Com isso, elas se mantinham presas às metrópoles no que diz respeito ao acesso aos bens industriais.
Caravela portuguesa
A colonização portuguesa se deu através da exploração das colônias. (Imagem: Pixabay)
Consequências da exploração colonial
A exploração dos territórios conquistados pelos europeus acarretou em consequências danosas para as populações originárias e para os países que se constituíram a partir desses espaços. Nesse sentido, é importante ressaltar o extermínio da maior parte das comunidades indígenas existentes na América pré-colombiana. Isso aconteceu, em parte, porque essas populações se recusaram a ser usadas como mão de obra escrava no processo de exploração de seus territórios. sta:
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