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Segundo a teoria filosófica de Platão acerca do "Mito da Caverna", indivíduos acorrentados à escuridão de uma caverna estão à mercê das projeções de sombras feitas pelo mundo exterior, sem compreender a veracidade dos fatos, visto que não fazem parte da sua realidade. Analogamente, em tempos hodiernos, no que tange a desvalorização científica no Brasil, observa-se um elevado número de indivíduos atrelados às ideias do senso comum e à alienação ideológica, as quais favorecem, integralmente, a paralisia do progressos sociais. Nesse ínterim, existem fatores os quais merecem destaque como fomentadores da pouca valorização da educação no país, como o processo histórico de formação do país e a má administração financeira no repasse de verbas para as instituições. Em primeira análise, é sabido que o Brasil, desde os tempos exórdios de sua formação, teve forte influência de grupos religiosos na fundação de entidades educacionais, a qual favoreceu a exclusão de importantes filósofos e temas que poderiam ter sidos trabalhados na sociedade, haja vista que, em tempos contemporâneos, o desmerecimento da educação está presente, também, em determinados grupos sociais, pois a ideia da educação libertadora foge do seu campo visionário, como no mito de Platão. Nesse viés, observa-se que tal situação dificulta os progressos sociais no país, uma vez que cenários como o da "Revolta da Vacina" são consequências do acanhado acesso à informação. Em segunda instância, somada à problemática histórica do Brasil, existe a má distribuição de verbas para instituições de ensino básico e superior públicos, o que permite que haja um grande abono escolar entre os jovens, dado que o desenvolvimento dos alunos são prejudicados, e até mesmo fenômenos como o da "fuga de cérebros", que é a saída de profissionais qualificados para outros países que oferecem oportunidades de estudo. Nessa conjuntura, consoante ao pensamento de Thomas Hobbes, a intervenção estatal é necessária como proteção dos cidadãos de maneira eficaz. Dado o exposto, é necessário que o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, fiscalize o repasse e a aplicação das verbas distribuídas, visando a diminuição dos abonos escolares e a disposição de bolsas para iniciação científica. Isso poderá ser feito por meio da ação midiática no que tange a promoção de curtos documentários apelativos em horário nobre que tratem da importância do estudo para o desenvolvimento social do país. Ademais, é viável a reformulação do currículo escolar para a inclusão de encontros semanais, desde a educação infantil, que debatem temas importantes para a sociedade. Assim, o Brasil poderá romper com o Mito da Caverna que subsiste na sociedade e viver em real progresso nos âmbitos coletivos, como visa a frase da bandeira nacional brasileira: "Ordem e Progresso."