início do século XX. Desde então, o termo recebeu inúmeros significados por parte de defensores e críticos, mas até meados daquele século, todas as concepções racistas se ancoraram de alguma forma no pressuposto de que as raças humanas possuem características físicas transmitidas hereditariamente, e que dessas características derivam qualidades morais, intelectuais, psicológicas, estéticas, religiosas, linguísticas e culturais. A partir dessa perspectiva essencialista e determinista, construíram-se escalas valorativas para as diferenças entre os homens, sempre baseadas numa suposta divisão primordial, biológica, da espécie. Considerando este excerto e que o caso do racismo no Brasil carrega alguns aspectos específicos, assinale a alternativa INCORRETA:
a. No Brasil, um dos fatores que alimentam a ideia de que vivemos em uma “democracia racial” está no fato de que embora os negros tenham sido sistematicamente excluídos de fato da economia nacional e dos processos de decisão política, embora o País tenha adotado políticas deliberadas de “embranquecimento” da população com a “importação” de imigrantes europeus após o término da escravidão, e embora várias de nossas instituições tenham sido (e ainda sejam) discriminatórias em relação à comunidade negra, o racismo nunca foi uma prática oficial.
b. “Democracia racial” é uma ideia errônea e ancorada na crença de que o Brasil e as demais regiões colonizadas pelas nações ibéricas (Portugal e Espanha) foram mais tolerantes com os cativos trazidos da África do que, por exemplo, a sociedade norte-americana, na qual houve leis raciais. Prova disso seria a prática corriqueira da miscigenação entre europeus, negros e indígenas nos tempos coloniais, um elemento supostamente basilar da cultura nacional.
c. O sistema escravista no Brasil não atingiu de formas diferentes bantos ou iorubas, duas etnias africanas – ambas foram expostas à escravidão simplesmente por serem negras. Isto explica a razão pela qual a questão étnica brasileira adquiriu majoritariamente o caráter de luta contra a discriminação racial. Embora o preconceito contra práticas culturais e linguísticas também exista em nosso país, a forma mais evidente de discriminação ao longo da nossa história foi propriamente racista.
d. De modo semelhante à grande maioria das nações com passado escravista, o Brasil teve leis de segregação racial como as estadunidenses ou sul-africanas.
e. À semelhança dos Estados Unidos, nosso país viveu o trauma da escravidão e recebeu quantidades massivas de africanos cativos entre os séculos XVI e XIX. Por isso, a identidade da comunidade negra nacional não se funda em traços étnicos, remetidos a antepassados vindos de diferentes regiões da África e portadores de tradições culturais diversas, mas sim sobre o elemento concreto da cor de pele.
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D
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o Brasil NUNCA teve leis de segregação
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4
Resposta:
d.
De modo semelhante à grande maioria das nações com passado escravista, o Brasil teve leis de segregação racial como as estadunidenses ou sul-africanas.
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