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Características do Renascimento
Antropocentrismo, racionalismo, valorização da antiguidade clássica, cientificismo, individualismo. Essas são algumas características do renascimento. Durante toda a Idade Média, Deus era tido como o centro do universo. A partir do renascimento, surgiu o antropocentrismo que se opunha ao modelo teocêntrico, defendendo a ideia do homem como centro do universo.
Nesse período, diversos aspectos do ser humano foram valorizados e o homem passou a ter uma posição de destaque. Assim, tornou-se o principal responsável pela condução da história da humanidade. Esse ideia foi reforçada, sobretudo, com as descobertas científicas da época.
Valores da Antiguidade Clássica
É muito comum observar traços das obras antigas clássicas nas obras renascentistas. Isso deve-se ao fato de os artistas do Renascimento defenderem que a arte da Grécia e da Roma Antiga tinham um valor estético e cultural superior ao das artes da Era Medieval. Essa influência pode ser observada, sobretudo, na escultura.
Humanismo
Característica que se destacou nas obras renascentistas, o humanismo desenvolveu o espírito crítico do ser humano. O homem passou a ser colocado no centro do mundo. Nesse sentido, a visão teocêntrica foi deixada de lado e passou-se a adotar a visão antropocêntrica.
O humanismo surgiu como tese para a valorização do ser humano. Nas obras renascentistas, essa característica se fez presente na filosofia – onde se desenvolveu o espírito crítico do ser humano –, e nas artes, com a reprodução de situações do cotidiano e na fiel representação dos traços e formas humanas.
Racionalismo
O racionalismo foi uma das principais características do renascimento que serviu como base para o pensamento no qual a razão se sobrepôs à fé. Valorizando a experiência empírica e defendendo que há uma explicação para tudo o que existe, o racionalismo desprezava as explicações vindas da Igreja Católica ou de outras fontes que não fossem científicas.
Assim, houve o desenvolvimento de experiências científicas e do pensamento racional e lógico, o que tornou essa corrente filosófica essencial para a mudança de mentalidade da época. Desse modo, o racionalismo possibilitou a expansão científica ao defender que a razão é o único caminho para se chegar ao conhecimento.
Individualismo
O individualismo esteve presente no renascimento por influência de outras características como humanismo, antropocentrismo e cientificismo. Deixando de ser regido pela Igreja, o homem passou a ser guiado pelas suas emoções, de modo que se tornou um ser crítico e responsável por suas ações.
O hedonismo ou busca dos prazeres também foi um aspecto que destacou a predominância do individualismo no renascimento. O individualismo foi importante para abrir diálogo entre o renascimento e burguesia que possuía esse ímpeto individualista. Assim, os burgueses se interessaram pela temática do movimento, de modo que muitos deles financiaram artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI.
Universalismo
O universalismo pode ser percebido no campo da educação renascentista legitimada pelos avanços em várias áreas do conhecimento. Essa característica pode ser observada através da busca pela diversas áreas do saber de alguns renascentistas. Nesse período houve a expansão de escolas e universidades com a inserção de disciplinas relacionadas às humanidades na grade curricular dos cursos.
Cientificismo
O cientificismo abordou diversas questões sobre o conhecimento que foram fundamentais para a mudança de mentalidade da humanidade. Essa corrente deu início à busca pelo conhecimento através de diversas áreas científicas como: Biologia, Matemática, Física, Astronomia, Botânica, Anatomia, Química, dentre outras.