A seleção por competências exige debate acerca da noção de competência contingenciada pelas constantes transformações no mundo do trabalho pós-globalizado. Nesse sentido, a pergunta norteadora geral – “Quais são as competências necessárias a um candidato para ocupar determinado cargo, desenvolvendo tarefas pertinentes às funções estabelecidas?” – carece de atualização. A escola francesa de sociologia (ZARIFIAN, 2012) nos auxilia a refletir nesse caminho. A partir disso, identifique a alternativa correta, com uma nova pergunta para nortear o trabalho da seleção por competências em uma organização, com base na proposta de Zarifian:
Respostas
Resposta:
RESPOSTA CORRETA É A LETRA C. Diante das contingências da cotidianidade de realização do trabalho (de contexto), de que maneira o colaborador consegue mobilizar suas habilidades, conhecimentos e atitudes para realizar determinada tarefa?
Explicação:
A nova pergunta para orientar a seleção por competências, baseada na noção de competências de Zarifian, exige a compreensão de competências para além de um estoque de estratégias. Zarifian (2012), expoente da escola de sociologia francesa, ponderou que as competências estariam ligadas não somente ao conjunto de habilidades, atitudes, conhecimentos necessários e descritos para determinado cargo, mas, também, à potência de cada indivíduo para mobilizar tais conjuntos de competências frente às atualizações e contingências no dia a dia da organização na realização da tarefa. Essa percepção, portanto, auxilia-nos na compreensão da seleção baseada em competências, em que a análise do conjunto de competências dos candidatos a determinada vaga possibilita associar o conjunto de capacidades humanas a situações das práticas. Nesse sentido, o encarregado pela seleção por competências deve, sim, analisar as experiências anteriores (conhecimentos e atitudes), as especialidades técnicas (conhecimento e habilidades) que o candidato tem em comparação ao cargo, a forma como ele responde às questões relacionais (comportamentos, atitudes), a historicidade das respostas dele face às assimetrias da liderança (habilidade para ser liderado, atitude), dentre outras tantas questões, mas não atualizaria a questão da competência percebida tão somente como estoque de capacidades. Portanto, a pergunta principal consiste em aglutinar tais situações na cotidianidade da tarefa que será experienciada junto ao novo cargo. Logo, uma situação prática hipotética poderá ser apresentada pela equipe de seleção para que seja avaliada a maneira com que ele mobiliza seus estoques frente às especificidades do contexto. Dessa forma, estaremos considerando o que preconiza a noção de competência proposta por Zarifian.
Resposta: C) Diante das contingências da cotidianidade de realização do trabalho (de contexto), de que maneira o colaborador consegue mobilizar suas habilidades, conhecimentos e atitudes para realizar determinada tarefa?
Explicação: A nova pergunta para orientar a seleção por competências, baseada na noção de competências de Zarifian, exige a compreensão de competências para além de um estoque de estratégias. Zarifian (2012), expoente da escola de sociologia francesa, ponderou que as competências estariam ligadas não somente ao conjunto de habilidades, atitudes, conhecimentos necessários e descritos para determinado cargo, mas, também, à potência de cada indivíduo para mobilizar tais conjuntos de competências frente às atualizações e contingências no dia a dia da organização na realização da tarefa. Essa percepção, portanto, auxilia-nos na compreensão da seleção baseada em competências, em que a análise do conjunto de competências dos candidatos a determinada vaga possibilita associar o conjunto de capacidades humanas a situações das práticas.