Bom dia. Os alunos que não apresentaram o trabalho de literatura deverão fazer, como recuperação, um resumo MANUSCRITO em almaço contendo os assuntos abordados no trabalho: - contexto histórico - estrutura da narrativa - abordagem temática - comparação com o contexto atual. Entregar na próxima Segunda-feira, 23. GNT ME AJUDEM É PARA AMANHÃ E SOBRE O LIVRO DUAS VIAGENS AO BRASIL!!!
Respostas
O livro relata o empreendimento de duas viagens até o Brasil, em 1550, no qual Hans Staden, um aventureiro, arcabuzeiro e artilheiro originário do Sacro Império Romano-Germânico, foi feito prisioneiro no decorrer de nove meses pelo povo indígena Tupinambá e correu risco de ser vítima de um ritual canibal em sua segunda jornada. Tal personagem produziu um dos primeiros registros formais que seguiram após a carta de Pero Vaz de Caminha.
Sob influência protestante, Staden atribuiu sua sobrevivência em uma terra hostil e de difícil adaptação com muita mata, tempestades costeiras e com raras habitações e abrigos — local onde frequentemente vale a regra um dia é da caça e outra do caçador —, à intervenção divina, motivo pelo qual escreveu o livro após o regresso à Pátria em 1554. É possível constatar modificações a fim de tornar o relato apetecível aos nobres olhos ao Conde de Nassau-Saarbücken de maneira que ganhasse validação para a publicação, e sobretudo, moldado para ser mais palatável ao ao discurso protestante em voga, mais coloquial e aberta em relação à ciência, sem prejuízo aos contornos de um mito heróico.
O livro revelou um Brasil não tão acolhedor e amistoso como soara a carta de Pero Vaz de Caminha. Na realidade, os povos originários — habituados à guerrear entre si — não ignoravam as aproximações dos Europeus na costa em rumo às florestas, fazendo alianças com algumas tribos, ora militares, ora comerciais e conjugais. Portugueses aproximavam-se dos Tupiniquins e Franceses, dos Tupinambás, na região do que hoje seria São Paulo e Rio de Janeiro. Os métodos canibais eram diversos, mas igualmente traumatizantes. Algumas tribos assavam os corpos dos inimigos e faziam das vísceras, sopas, após golpear até a morte a cabeça da vítima, ou esquartejá-la ainda viva como faziam os Guaianás.
CONCLUSÃO
O autor demonstra claramente um fascínio marcante pela experiência. O relato tem um quê de epopeia e merece um lugar privilegiado em uma lista de livros para ler antes de morrer. Revisitando aquele mundo perdido por meio desse livro, tem se a sensação de estar ali testemunhando corpos caindo em campos de batalha, andando entre os indígenas e observando seus rituais.