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O Programa Grande Carajás (PGC) ou Projeto Grande Carajás[1] é um projeto de extração mineral, de produção agrícola, de transformação e beneficiamento mineral e de produção energética, que também inclui infraestruturas logítiscas e de comunicação em uma imensa região do meio-norte brasileiro. Foi concebido inicialmente como programa de governo (ditadura militar brasileira), que depois tornou-se programa de Estado sob justificativa alegada de produção de divisas para promoção de superavit primário e pagamento da dívida externa brasileira.[2] É, de fato, um grande projeto econômico privado voltado unicamente para a exportação, com características de enclave econômico (mais especificamente enclave mineral), com fortíssima concentração de renda e formação de latifúndios.[3]
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Projeto Carajás, em 1980; o PGC foi capitaneado pela Companhia Vale do Rio Doce durante o governo do presidente João Batista Figueiredo.
Estende-se por 900 mil km², numa área que corresponde a um décimo do território brasileiro, e que é cortada pelas bacias dos rios Xingu, Tocantins e Araguaia, e engloba terras do leste do Pará, norte de Tocantins e sudoeste, centro e norte do Maranhão.[4]
Na atividade mineira, centrada na Província Mineral Carajás, foi inicialmente levado a cabo pela empresa estatal brasileira Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), durante o governo de João Batista Figueiredo, quando Eliezer Batista era presidente da empresa. Mesmo após a privatização da CVRD a atividade mineral está concessionada principalmente à Vale.[4]