Leia atentamente o texto a seguir:
“A forma pela qual um estilo de vida compassivo poder melhorar a longevidade é servir de amortecedor contra o estresse. Um novo estudo realizado em uma grande população (mais de 800 pessoas) e liderado por Michael Poulin da Universidade de Buffalo, revelou que o estresse não era fator preditivo de mortalidade em quem ajudava os outros, mas sim naqueles que não o faziam. Uma das razões pelas quais a compaixão pode proteger contra o estresse é o fato de ser bastante prazerosa. A motivação, no entanto, parece desempenhar um papel importante como fator preditivo de um estilo de vida compassivo exercer um impacto benéfico na saúde. Sara Konrath, da Universidade de Michigan, descobriu que as pessoas que se dedicavam ao voluntariado viviam mais do que seus colegas que não eram voluntários – mas apenas se suas razões para o voluntariado fossem altruístas e não autocentradas.
Outra razão pela qual a compaixão pode promover nosso bem-estar é nos permitir ampliar nossa perspectiva para além de nós mesmos. Pesquisas mostram que a depressão e a ansiedade estão ligadas a um estado de autocentramento, uma preocupação com “eu, eu e eu”. Quando você faz algo para outra pessoa, no entanto, esse estado de autocentramento muda para um estado de foco no outro. Procure se lembrar de uma situação em que você se sentia desanimado e, de repente, um amigo ou um familiar próximo pediu ajuda urgente para resolver algum problema; talvez você se lembre-se de que, quando sua atenção se voltou a ajudar o outro, o seu humor melhorou. Em vez de se sentir desanimado, você possivelmente se sentiu energizado para ajudar; mesmo sem perceber, você acabou se sentido melhor e talvez tenha ganhado outra perspectiva sobre a sua própria situação.
Por fim, uma maneira adicional pela qual a compaixão pode impulsionar nosso bem-estar é aumentando a sensação de conexão com os outros. Um estudo revelador mostrou que a falta de conexão social representa um prejuízo para a saúde maior do que a obesidade, o tabagismo e a pressão arterial elevada. Por outro lado, uma forte conexão social leva a um aumento de 50% de chance de maior longevidade. A conexão social fortalece nosso sistema imunológico (pesquisas de Cole mostram que os genes afetados pela conexão social também codificam a função imune e a inflamação), ajuda-nos a nos recuperarmos de doenças mais rapidamente e pode até prolongar nossa vida. As pessoas que se sentem mais conectadas com outras têm menores taxas de ansiedade e depressão. Além disso, os estudos mostram que elas também têm maior autoestima, são mais empáticas, mais confiantes e cooperativas e, como consequência, outras pessoas sentem-se mais dispostas a confiar e cooperar com elas. A conexão social, portanto, gera um ciclo de feedback positivo de bem-estar social, emocional e físico. Infelizmente, o contrário também é verdadeiro para aqueles que não têm conexão social. A baixa conexão social tem sido geralmente associada a declínios na saúde física e psicológica, bem como a uma maior propensão para comportamentos antissociais, o que leva a um maior isolamento. Adotar um estilo de vida compassivo ou cultivar a compaixão pode ajudar a aumentar a conexão social e melhorar a saúde física e psicológica”
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