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Um povo que dominava técnicas rudimentares da cerâmica, era horticultor e alternava períodos de vivência ribeirinha com incursões às matas nativas. Assim eram os Tupiguaranis que habitaram a região, mais precisamente nas proximidades do rio Paraná, há mais de dois mil anos. Os traços destes ceramistas pré-históricos estão presentes nos achados arqueológicos durante a construção da represa para formação da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira e estão agora, por assim dizer, de volta ao lar após quatro décadas.
São aproximadamente duas mil peças em cerâmica - vasos, urnas funerárias e um machado em pedra polida, todos com tradições típicas Tupiguarani - que formam o que é considerado pelo Iphan como uma rara coleção que acaba de ser repatriada ao município. "O material cerâmico, embora fragmentado, oferece preciosas informações sobre os ceramistas pré-históricos que habitavam a região", informou o órgão federal.
Além de raro, o repatriamento deste material tem um significado muito especial para quem o recebe. "Era um sonho recebermos esta coleção de volta. É como um ciclo que se fecha, pois as peças estão agora de volta ao seu local de origem. E a sua chegada acontece no momento em que Pereira Barreto comemora 90 anos de fundação, completados em 11 de agosto", afirma Sergio Issao Masuda, presidente da Associação dos Amigos do Museu, responsável pela gestão do Museu dos Colonizadores.