Respostas
Resposta:
Tudo o que eu vou contar aqui aconteceu de verdade. É incrível que
tenha sido assim, mas foi. Eu sei porque eu estive lá. Atravessei meio mundo com uma missão: descobrir o que aconteceu de verdade com uma menina chamada Malala Yousafzai e por que ela estava sendo perseguida. Eu recebi essa missão porque é isso que os jornalistas fazem: investigam e bisbilhotam tudo, plantam perguntas e colhem histórias.
Era uma missão perigosa e eu sabia que teria de enfrentar grandes
desafios. No dia da minha partida, ouvi pelo rádio uma ordem: que os
jornalistas não viajassem ao Swat! O vale tinha se tornado um território
proibido, mas, assim como as crianças, os jornalistas adoram fazer tudo o
que é proibido. Então, arrumei a mochila às pressas, coloquei minha
lanterna a manivela, o mosquiteiro, o gás de pimenta e o que mais cabia
dentro dela, e parti. Atravessei o Atlântico e a África até o deserto, cruzei o mar Arábico e segui em direção às montanhas, onde Malala vivia.
Quando cheguei ao meu destino, eu tive de me disfarçar, porque os
perigos ainda assombravam o vale e ninguém podia saber que eu estava lá.
Só o Ejaz, meu guia e protetor, um homem grandalhão, tão forte quanto
bondoso, e com voz de trovão; e a família de Sana, muito generosa e
corajosa, que aceitou me esconder em sua casa para que eu pudesse
conhecer essa história, tão aterrorizante quanto cativante, que vou contar
agora.
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