Respostas
respondido por:
0
O último censo agropecuário, realizado em 1996, aponta que a pequena agricultura tem uma significativa colaboração na produção total de alimentos e emprega a grande maioria dos agricultores. Esses números surpreendem pois, historicamente, as políticas públicas beneficiaram em particular os grandes latifundiários, em detrimento dos pequenos agricultores, que quase sempre ficaram sem apoio institucional. Uma das propostas de mudança, considerando-se essa realidade envolve a adequação das linhas de crédito e subsídios à realidade do agricultor familiar no Brasil. Além disso, parece haver um consenso entre especialistas, agricultores e militantes da necessidade de cooperação entre os pequenos agricultores, principalmente os recém assentados.
Uma das desvantagens do pequeno produtor rural em relação ao grande é a impossibilidade do acesso às tecnologias que permitem os chamados ganhos de escala. "A marginalização da agricultura familiar não ocorre por uma inviabilidade tecnológica, na verdade o que faz com que ela perca espaço mais rapidamente é todo o conjunto de atributos que devem acompanhar a inovação tecnológica, aos quais ela não tem acesso", afirma Buainain. Esses atributos seriam proporcionados por serviços praticamente inexistentes para o pequeno produtor como crédito agrícola, assistência técnica, educação rural e redes de distribuição dos produtos no mercado. O agricultor familiar não precisa de um trator muito potente para ser competitivo, um trator de tamanho pequeno, por ter o custo de manutenção menor e ter a possibilidade de ser usado em grupo, compensaria a vantagem do grande por produzir em escala. Mas este trator adequado ao pequeno nem sempre está disponível no mercado, e quando está o produtor não tem condições para comprá-lo O principal problema do pequeno produtor não seria, então, estrutural, mas decorrente da ausência de crédito e investimentos.
Um dos principais caminhos encontrados pelos pequenos agricultores para contornar a falta de apoio institucional e a concorrência com o grande produtor são as diferentes formas de cooperação. Os pequenos produtores rurais vêm se estruturando de forma cooperativa há muito tempo. Desde em associações informais para produzir e comercializar produtos em grupo, até na formação de cooperativas que visam o beneficiamento dos produtos para agregação de valor aos produtos agropecuários - como, por exemplo, na ordenha mecânica para a produção de leite tipo B e na produção de queijos e doces. Porém, para Buainain, o fato de existir uma afinidade na luta pela terra não significa que, uma vez conseguido esse objetivo, as associações políticas estão capacitadas para passar ao estágio do associativismo para a produção. O estilo de produção de cada produtor pode ser diferente e a simples transposição da associação na luta pela terra para o momento da produção pode trazer problemas, "fato que vem se evidenciando em muitos assentamentos com rupturas dos grupos e formação de novos movimentos", afirma o professor.
Uma das desvantagens do pequeno produtor rural em relação ao grande é a impossibilidade do acesso às tecnologias que permitem os chamados ganhos de escala. "A marginalização da agricultura familiar não ocorre por uma inviabilidade tecnológica, na verdade o que faz com que ela perca espaço mais rapidamente é todo o conjunto de atributos que devem acompanhar a inovação tecnológica, aos quais ela não tem acesso", afirma Buainain. Esses atributos seriam proporcionados por serviços praticamente inexistentes para o pequeno produtor como crédito agrícola, assistência técnica, educação rural e redes de distribuição dos produtos no mercado. O agricultor familiar não precisa de um trator muito potente para ser competitivo, um trator de tamanho pequeno, por ter o custo de manutenção menor e ter a possibilidade de ser usado em grupo, compensaria a vantagem do grande por produzir em escala. Mas este trator adequado ao pequeno nem sempre está disponível no mercado, e quando está o produtor não tem condições para comprá-lo O principal problema do pequeno produtor não seria, então, estrutural, mas decorrente da ausência de crédito e investimentos.
Um dos principais caminhos encontrados pelos pequenos agricultores para contornar a falta de apoio institucional e a concorrência com o grande produtor são as diferentes formas de cooperação. Os pequenos produtores rurais vêm se estruturando de forma cooperativa há muito tempo. Desde em associações informais para produzir e comercializar produtos em grupo, até na formação de cooperativas que visam o beneficiamento dos produtos para agregação de valor aos produtos agropecuários - como, por exemplo, na ordenha mecânica para a produção de leite tipo B e na produção de queijos e doces. Porém, para Buainain, o fato de existir uma afinidade na luta pela terra não significa que, uma vez conseguido esse objetivo, as associações políticas estão capacitadas para passar ao estágio do associativismo para a produção. O estilo de produção de cada produtor pode ser diferente e a simples transposição da associação na luta pela terra para o momento da produção pode trazer problemas, "fato que vem se evidenciando em muitos assentamentos com rupturas dos grupos e formação de novos movimentos", afirma o professor.
Perguntas similares
7 anos atrás
7 anos atrás
7 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás