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Há mais de 60 anos que a medicina e outras áreas relacionadas à saúde vêm demonstrando os benefícios de uma vida fisicamente ativa, como também, de hábitos considerados saudáveis. O aumento na renda, a industrialização e globalização têm ocasionado mudanças econômicas e sociais favoráveis no Brasil. Entretanto, observa-se também um aumento no consumo de alimentos não saudáveis e da inatividade física. A prevalência de homens com sobrepeso no Brasil aumentou de 18,6% em 1974 para 52,5% em 2014. De uma forma geral, o sedentarismo está presente em mais de 30% da população mundial, atingindo valores superiores a 50% em determinados países. A inatividade física aumenta com a idade e é mais frequente em mulheres do que nos homens. Dados de 2014 do Ministério da Saúde mostram que 64% da população brasileira apresenta um comportamento sedentário. Desse percentual, cerca de 15% é totalmente inativa e 49% é insuficientemente ativa. O que isso quer dizer? Que a maioria da população brasileira não se exercita nos padrões aconselhados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e, portanto, apresenta um comportamento sedentário. A OMS preconiza que homens e mulheres, de qualquer grupo sócio-econômico ou étnico devem se exercitar pelo menos 150 minutos por semana, com uma atividade aeróbica de moderada intensidade, como uma caminhada rápida, por exemplo. Ou, então, 75 minutos por semana de exercícios físicos de intensidade vigorosa, como uma corrida de rua. Além disso, exercícios de fortalecimento muscular e de flexibilidade também são recomendados. Quando nos referimos às pessoas inativas, estamos exemplificando situações em que esses indivíduos não praticam absolutamente nenhum minuto sequer de exercícios físicos, enquanto aquelas consideradas insuficientemente ativas até se exercitam, mas em uma quantidade inferior à recomendada. Portanto, elas perfazem menos de 150 minutos por semana de exercícios físicos em intensidade moderada ou fazem apenas exercícios considerados muito leves. Deve-se ficar claro que do ponto de vista de promoção de saúde, mesmo exercícios de baixa intensidade (leves) são capazes de gerar um grande impacto em aspectos relacionados à saúde pública, como melhor controle da pressão arterial, menor níveis de colesterol e glicose, por exemplo.
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