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Lima Barreto é um escritor brasileiro pré-modernista nascido em 13 de maio de 1881 e falecido em 01 de novembro de 1922 aos 41 anos de idade .Era negro e de família pobre. Sua avó materna, Geraldina Leocádia da Conceição, foi uma escrava alforriada. Sua mãe era professora primária e morreu de tuberculose quando Lima Barreto tinha 6 anos. Seu pai era tipógrafo, porém sofria de doença mental. O escritor Lima Barreto está inserido no Pré-modernismo. Fazem parte desse período as obras de autores brasileiros publicadas entre 1902 e 1922. É uma fase de transição entre o Simbolismo e o Modernismo. Portanto, durante esse período, é possível perceber influências de estilos de época anteriores, tais como o Parnasianismo e o Simbolismo (na poesia) e o Naturalismo (na prosa). Além dessa característica, são perceptíveis elementos de cunho nacionalista, que já preanunciam a estética modernista brasileira. Assim, não há mais a idealização romântica e nota-se um nacionalismo crítico, em que os problemas sociais do Brasil são expostos, em que a crítica política é escancarada. O realismo, nessas obras, é predominante. As obras de Lima Barreto, portanto, apresentam tais características. Contudo, estão também impressos, em seus textos, elementos que remetem à experiência de vida do autor, marcada pela exclusão e pelo preconceito, devido à sua origem pobre, à sua negritude e aos problemas de saúde que enfrentava. Assim, seus romances, memórias, crônicas e contos trazem a imagem de um Brasil de início do século XX, a partir da visão bastante crítica de um homem e artista excluído da sociedade e do meio acadêmico. Em romances como Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909) e Clara dos Anjos (1948), a temática do preconceito racial é focalizada, a visão de um país justo e tolerante não se sustenta. Esses dois romances também fazem crítica à política brasileira, quando, no primeiro, é evidenciado o poder político da imprensa e, no segundo, os poderes estatais são criticados por não se preocuparem em solucionar os problemas do subúrbio. Sua obra, portanto, caracteriza-se pela denúncia das desigualdades sociais, que se mantinham devido aos interesses políticos individuais em prejuízo da coletividade. Assim, o escritor, com ironia, apontava a hipocrisia da sociedade brasileira de sua época.
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