• Matéria: História
  • Autor: cleitonalvesdarocha4
  • Perguntado 3 anos atrás

Sabe-se que um dos mais importantes critérios de exclusão na sociedade colonial foi o da pureza de sangue. De acordo com a legislação da época, cristãos-novos (judeus convertidos), indígenas e negros, mesmo os alforriados, não poderiam ocupar cargos públicos ou receber títulos de nobreza, pois tinham o sangue impuro. No final do século XVIII, os cristãos-novos foram excluídos desse grupo por conta de uma mudança na legislação que tornava equivalentes os cristãos tradicionais e os recentemente convertidos.No entanto, não é difícil perceber que, apesar da importância do critério do sangue puro, a principal clivagem existente, a mais fundamental das divisões, era aquela entre homens livres e escravos. Juridicamente, o escravo equivalia a um objeto, sujeito a posse. O caráter racista dessa divisão é também evidente: escravos eram os negros, seguidos por indígenas e mestiços. Mesmo assim, houve algumas diferenciações mais entre escravos negros e indígenas e sobre elas, marque com verdadeiro ou falso as asserções abaixo: I – A discriminação que recaía sobre os nativos era profundamente menor que aquela sofrida pelos africanos, a ponto de a própria coroa portuguesa emitir um alvará na metade do século XVIII afirmando a legitimidade dos casamentos entre brancos e indígenas e estimulando sua indicação para cargos e honrarias – não há nenhuma situação similar no caso dos negros escravos; II - Antes de qualquer lei abolicionista, os nativos poderiam ser escravos propriamente ou “forros”. Esses últimos, também chamados de “administrados”, eram aqueles que ficavam sob tutela, e não posse, dos colonizadores. Na prática, sua situação era muito similar à de qualquer indivíduo escravizado, mas seu estatuto jurídico era superior, o que, somado à presença das ordens religiosas tanto nos centros coloniais quanto nos aldeamentos indígenas, impedia situações extremas de exploração; III - Do ponto de vista da cor, mulatos e crioulos mais claros eram os que tinham chance de trabalhar dentro da casa-grande em tarefas doméstic

Respostas

respondido por: douglaswhakini
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Resposta:

E) V; V; V; F

Explicação:

Mesmo assim, houve algumas diferenciações entre escravos negros e indígenas que são dignas de nota. Em primeiro lugar, desde os primórdios da colonização, séculos antes de qualquer lei abolicionista, os nativos poderiam ser escravos propriamente ou “forros”. Esses últimos, também chamados de “administrados”, eram aqueles que ficavam sob tutela, e não posse, dos colonizadores. Na prática, sua situação era muito similar à de qualquer indivíduo escravizado, mas seu estatuto jurídico era superior, o que, somado à presença das ordens religiosas tanto nos centros coloniais quanto nos aldeamentos indígenas, impedia situações extremas de exploração.

Em segundo lugar, a discriminação que recaía sobre os nativos era profundamente menor que aquela sofrida pelos africanos, a ponto de a própria coroa portuguesa emitir um alvará na metade do século XVIII afirmando a legitimidade dos casamentos entre brancos e indígenas e estimulando sua indicação para cargos e honrarias – não há nenhuma situação similar no caso dos negros escravos.

Havia também distinções entre os próprios africanos e afro-brasileiros, relacionadas a fatores múltiplos como a cor da pele, a região de procedência e, especialmente, o tipo de trabalho desempenhado – um “escravo de ganho” em pleno Rio de Janeiro gozava de estatuto social e de possibilidades de ascensão muito diferentes das de um africano na lavoura em Pernambuco, por exemplo.

Os negros recém chegados no país eram chamados de “boçais”, enquanto que os mais adaptados e relativamente fluentes no português eram os “ladinos”. Já o “crioulo” era o negro nascido no Brasil.

Do ponto de vista da cor, mulatos e crioulos mais claros eram os que tinham chance de trabalhar dentro da casa-grande em tarefas domésticas, executar trabalhos artesanais ou ainda supervisionar o trabalho de um grupo de escravos. Aos mais escuros, sobretudo recém-chegados da África, cabiam sempre trabalhos braçais mais pesados.

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