• Matéria: Direito
  • Autor: niltonleite10p0rj4k
  • Perguntado 3 anos atrás

[...] Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente existido. Em verdade, há tanta diferença de como se vive e como se deveria viver, que aquele que abandone o que se faz por aquilo que se deveria fazer, aprenderá antes o caminho de sua ruína do que o de sua preservação, eis que um homem que queira em todas as suas palavras fazer profissão de bondade, perder-se-á em meio a tantos que não são bons. Donde é necessário, a um príncipe que queira se manter, aprender a poder não ser bom e usar ou não da bondade, segundo a necessidade. [...]

Sobre a teoria de Maquiavel, analise as assertivas que seguem:

I. Maquiavel mantem a linha filosófica de São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, ao analisar o Estado e a política por um viés religioso.

II. O conceito de Virtú está associado à busca de êxito na política, independente das consequências.

III. O objetivo de um governo não é a manutenção de uma moralidade ou ética, mas sim solucionar os conflitos em prol do bem comum.

É correto o que se afirma em:

Alternativa 1:
I, apenas.

Alternativa 2:
II, apenas.

Alternativa 3:
I e III, apenas.

Alternativa 4:
II e III, apenas.

Alternativa 5:
I, II e III.

Respostas

respondido por: lucineiapintado94
0

Resposta:

Resposta 4

Explicação:

A Virtù de Maquiavel trata-se de um signo valorativo utilizado pelo autor para refletir a um conhecimento prático, técnico da realidade efetiva das coisas. O sujeito possuidor da Virtù é o que obtém êxito em obter e manter o poder. Os fundadores do principado, sujeitos com tal característica, são homens excelentes – dispostos a agir da forma mais corajosa possível no sentido de se fundar um governo. Segundo Maquiavel, a manutenção e a obtenção do poder torna-se variável, portanto, conforme seja maior ou menor a Virtù de quem o conquistou. Os homens de Virtù receberam da Fortuna não mais do que a ocasião, que lhes deu a matéria para introduzirem a forma que lhes aprouvesse, sendo que aqueles que por Virtù conquistam o poder tendem mais facilmente a conservá-lo. Os mais organizados teriam conseguido que suas constituições fossem seguras se também considerassem as armas necessárias para mantê-la. Assim, há homens que enfrentam grandes dificuldades, defrontando-se em seu caminho com perigos que foram superados. Depois de vencerem esses perigos e passarem a ser venerados, tendo aniquilado os que tinham inveja de suas qualidades, tornam-se poderosos, seguros, honrados e felizes, segundo Maquiavel.[1] (Vide Maquiavel, 2008, pp. 23-26).

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