No Brasil, a centralização escolar por meio da elaboração de currículos-base para práticas educativas em nível nacional e estadual é uma forma de garantir que todos os estudantes tenham acesso a educação de qualidade. Dessa forma, assegura-se que as escolas receberão os mesmos materiais e os professores receberão os mesmos direcionamentos, o que, em tese, proporcionaria uma situação de igualdade escolar, ou seja, de igualdade no aprendizado. Você é professor de uma escola estadual e, durante uma reunião de professores, surgiu a ideia de criar uma proposta de política pública nessa área e enviar até a Câmara dos Deputados. Seu desafio então é criar uma proposta de política pública que convide o governo estadual ou federal a elaborar soluções para que os contextos urbanos, de infraestrutura e econômicos não favoreçam a manutenção e reprodução dessas desigualdades. Pense numa proposta que possa ser aplicada em qualquer escola, em qualquer município brasileiro, capital ou interior. Nessa atividade, o objetivo organizacional é fazer com que o currículo-base produza rendimentos semelhantes, independentemente da localização geoespacial das escolas, e o objetivo pedagógico é tornar o estudante ciente de suas possibilidades e responsabilidades sociais como cidadão, estimulando seu pensamento crítico e a construção de valores que o coloquem como ator central em práticas que visem à igualdade social. Defina:
a) Nome da proposta
b) Projeto (entre 5 e 10 linhas):
- Qual será a ação/prática do projeto?
- A quem se destina (alunos, professores, diretores, comunidade)?
c) Qual o resultado esperado?
Respostas
Resposta:
Padrão de resposta esperado
a) Educação igualitária: acessos justos, resultados coerentes.
b) O projeto se destina à administração escolar, devendo ser incorporado a partir da leitura e interpretação de itens que possam levar a resultados e rendimentos diferentes dentro da unidade escolar, ou ainda entre uma unidade escolar e outra.
O projeto se define com a criação de um fundo de 5% das verbas anuais da escola para a criação de um sistema de grupos de apoio sociais, culturais, educacionais e psicológicos a serem realizados em horário oposto ao da matrícula do aluno, definidos após levantamento administrativo do contexto social e econômico vivido pelos estudantes. Por exemplo, se muitos estudantes de periferia precisam trabalhar para ajudar a família, eles poderão participar de grupos que os orientem a encontrar programas sociais para o primeiro emprego, para auxílio com vale-transporte, até sensibilização de empresas para que ofereçam condições de trabalho adaptadas às condições dos sujeitos como estudantes.
c) Espera-se que os grupos de apoio coloquem em prática ações que melhorem a vida dos alunos e permitam que os conteúdos sejam absorvidos independentemente de especificidades das vidas individuais dos alunos e dos contextos sociais comunitários. Dessa forma, a centralização educacional teria também espaço para a acomodação das diferenças.