Na primeira parte do livro “Discurso Político”, de Charaudeau, o autor procura definir a natureza do discurso político, que tem como fundamento a imbricação entre linguagem e ação. A palavra política funciona entre uma verdade do dizer e uma verdade do fazer: uma verdade da ação que se manifesta através de uma palavra de decisão, e uma verdade da discussão que se manifesta através de uma palavra de persuasão (razão) ou sedução (paixão). O autor diferencia sua abordagem daquelas de Weber, Arendt e Habermas, sustentando um duplo fundamento do discurso político (p. 45-46): esse resulta de uma mistura entre a palavra que deve fundar o político (como idealidade dos fins) e aquela que deve gerar a política (enquanto prática). Para Charaudeau, o discurso político funciona na conjunção de discursos de ideias e discursos de poder (verdade e possibilidade), pensamento e ação. Uma vez que os primeiros dizem respeito à verdade, e os segundos à problemática do verdadeiro, do falso e do possível, desde o início a questão central do livro se coloca em termos retóricos: dada essa duplicidade, o discurso político teria tendência a se orientar do logos em direção ao ethos e ao pathos (conteúdo e encenação)? RIBEIRO, Jaçanã. Resenha de “Discurso político”.Revista Scielo, vol.9, n.1, jan/abril 2009. As resenhas são, basicamente, textos em que se tecem comentários sobre determinada obra. Nesse caso, o que difere a resenha acima, acadêmica, de outro tipo, a crítica, é:
A/ sua apresentação relacionada a outros textos.
B/ sua organização por meio de um linguajar formal.
C/ sua logicização interna, mais voltada para leitores bem específicos.
D/ sua formatação de acordo com regras específicas.
sua divulgação em meios comuns.
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Resposta: C/ sua logicização interna, mais voltada para leitores bem específicos
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sua logicização interna, mais voltada para leitores bem específicos.