qual a importância das rotas comerciais da Saara para os povos africanos
Respostas
As rotas de comércio transaarianas foram de enorme importância para história ea África ocidental, ao mundo islâmico e à colonização europeia do Novo Mundo.
Elas foram iniciadas pelos árabes recém-convertidos ao Islã, que levaram os camelos, originalmente dos desertos da Ásia Central ao Egito e ao Magrebe (Norte da África) quando estes foram conquistados pelo califado Omíada. Os povos bérberes adentraram fundo no Saara sob os perigos das temperaturas extremas e falta de água. As cidades da África ocidental sofreram enormes mudanças socioeconômicas, podendo comercializar suas enormes reservas de sal (que era minerado abaixo da terra por escravos e extremamente valioso antes dos métodos de obter sal da água do oceano) e ouro.
Essas regiões se converteram parcialmente ao islã, apesar de lerem o Corão e construírem mesquitas, eles seguiam escravizando outros muçulmanos, nao segregavam as mulheres, e praticavam magias tradicionais africanas, todas as práticas são proibidas na religião islâmica.
Um império desta região da África era o Mali, de onde saiam nada menos do que dois terços do ouro do Mundo, no século XIII o Mansa (rei) do Mali, fez uma peregrinação à Meca com tanto ouro que que foi doado a pessoas nas ruas que causou uma crise inflacionária no Egito por 10 anos.
O contato com o resto do Mundo abriu espaço para conquistas no entanto, com o império do Mali sofrendo pesadas derrotad por Songhai, outro reino muçulmano, as guerras resultaram na fragmentação destas nações em países menores.
Nesta época as primeiras expedições portuguesas chegaram na costa ocidental africana, inicialmente comercializavam pelo ouro, mas com a descoberta de ouro nas colônias americanas, os navegadores crescentemente buscavam escravos para as plantações de Cana de Açúcar, Café e Algodão.
Isso gerou um novo capítulo na história econômica africana, com os países menores entrando em guerra nao pela conquista mas sim pelos prisioneiros de guerra, que podiam ser trocados por armas de fogo europeias, o que permitia ainda mais guerras. A única defesa das demais nações era também participar da troca de escravos por armas de fogo, assim um ciclo foi gerado, que só acabaria quando, no fim do século XIX as potências europeias estabeleceram domínios territoriais na África, se aproveitando da fragmentação política e da falta de homens, cuja maioria era enviada ao novo mundo como escravos.