• Matéria: Português
  • Autor: onmacro834
  • Perguntado 3 anos atrás

ME AJUDEM PRECISO PRA AMANHÃ,REDAÇÃO ARGUMENTATIVA FILME VALENTINA

Respostas

respondido por: edukilasrodrigues
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Resposta:

Na trama, acompanhamos Valentina (Thiessa Woinbackk), uma jovem trans de 17 anos de idade que se muda para o interior de Minas Gerais com sua mãe, Márcia (Guta Stresser), em busca de um recomeço. Com receio de ser hostilizada no novo colégio, a garota, usufruindo de seu direito legal, tenta se matricular com seu nome social. No entanto, a família acaba enfrentando problemas quando a diretora exige a assinatura do pai ausente, Renato (Rômulo Braga), para poder realizar a matrícula.

Embora o enredo se esforce para apresentar de imediato o conflito, infelizmente, a estrutura episódica da narrativa acaba por comprometer a unidade e ritmo do filme. Mesmo partindo de uma premissa simples e intrigante, a obra expressa uma certa dificuldade em desenvolver seu arco principal – a procura pelo pai da protagonista, e, quando enfim o conclui, mostra não saber como lhe atribuir a devida relevância. Ademais, também há subtramas envolvendo personagens secundários que, embora explorem questões pertinentes, falham ao tentar se conectar com o eixo da história. Ainda assim, apesar de algumas pontas soltas, o roteiro é capaz de compor cenas memoráveis e diálogos sensíveis, tornando a experiência de fato recompensadora.

respondido por: gsouzza76
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Em seu longa-metragem de estreia, “Valentina”, o cineasta Cássio Pereira dos Santos demonstra a mesma sensibilidade vista ao longo de toda a sua filmografia, composta até então por curtas promissores, cuja temática em suma busca retratar jovens invisibilizados socialmente em situações triviais para a maioria da população. Dessa forma, o diretor e roteirista novamente propõe com didatismo uma visão mais ampla a respeito do privilégio e desigualdade perpetuados pela sociedade brasileira.

Na trama, acompanhamos Valentina (Thiessa Woinbackk), uma jovem trans de 17 anos de idade que se muda para o interior de Minas Gerais com sua mãe, Márcia (Guta Stresser), em busca de um recomeço. Com receio de ser hostilizada no novo colégio, a garota, usufruindo de seu direito legal, tenta se matricular com seu nome social. No entanto, a família acaba enfrentando problemas quando a diretora exige a assinatura do pai ausente, Renato (Rômulo Braga), para poder realizar a matrícula.

Embora o enredo se esforce para apresentar de imediato o conflito, infelizmente, a estrutura episódica da narrativa acaba por comprometer a unidade e ritmo do filme. Mesmo partindo de uma premissa simples e intrigante, a obra expressa uma certa dificuldade em desenvolver seu arco principal – a procura pelo pai da protagonista, e, quando enfim o conclui, mostra não saber como lhe atribuir a devida relevância. Ademais, também há subtramas envolvendo personagens secundários que, embora explorem questões pertinentes, falham ao tentar se conectar com o eixo da história. Ainda assim, apesar de algumas pontas soltas, o roteiro é capaz de compor cenas memoráveis e diálogos sensíveis, tornando a experiência de fato recompensadora.

A direção por sua vez, exprime maturidade ao abordar com sutileza situações que facilmente poderiam soar gratuitas e apelativas, erroneamente acionando gatilhos em uma parcela considerável do público. No entanto, somado ao belíssimo trabalho do diretor de fotografia, Leonardo Feliciano (“No Coração do Mundo”), que destaca a protagonista em meio ao cenário dessaturado e opressor, os realizadores obtêm êxito no apuro estético e na escolha do tom, direcionado a adolescentes e adultos.

Contudo, o maior destaque da produção é certamente a atuação contundente de Thiessa Woinbackk, cujo talento se sobressai dos demais nomes do elenco jovem. Comprometida, a atriz carrega em seu repertório uma vasta bagagem emocional, concedendo a sua personagem veracidade e uma carga dramática quase tangível. Transitando entre momentos de extrema doçura e indignação, a intérprete principal jamais é passiva perante as adversidades que as circunstâncias lhe impõe, e ainda assim, não abre mão de ser afetuosa com quem lhe acolhe em sua plenitude.

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