F.F.C, 30 anos, sexo masculino, procurou uma UBS devido a presença de uma úlcera que se desenvolveu em seu braço meses após ter ido pescar com os
amigos no Rio Ivaí, no municipio de Maringá. A úlcera apresentava contorno circular, bordos altos e fundo com granulações grosseiras, cor vermelho vivo,
recoberta por um exsudato seroso. Ao consultar o médico, o paciente foi submetido a uma escarificação dos bordos da lesão. O biomédico que avaliou a
lámina observou estruturas importantes dentro de macrófagos, como observado na figura a seguir:
Levando em consideração a história clinica do paciente e a avaliação da morfologia da lesão, você suspeitaria de qual parasitose? De acordo com a
morfologia das estruturas observadas, defina a sua forma evolutiva e o parasito responsável pela lesão. É lá possível distinguir a espécie do parasito pelo
exame realizado? Por que?
Respostas
Resposta:
1 - Levando em consideração a história clínica do paciente e a avaliação da morfologia da lesão, você suspeitaria de qual parasitose?
Leishmaniose.
2 - De acordo com a morfologia das estruturas observadas, defina a sua forma evolutiva e o parasito responsável pela lesão.
A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania transmitida ao homem pela picada de mosquitos flebotomíneos.
A leishmaniose é uma enfermidade metaxênica, onde o agente passa por transformações no organismo do vetor, neste caso o flebotomíneo. O ciclo tem início com a inoculação de formas infectantes do parasito (promastigota metacíclico) no hospedeiro durante o repasto sanguíneo.
Na lâmina apresentada se encontra a forma amastigota.
3 - É possível distinguir a espécie do parasito pelo exame realizado? Por quê?
Leishmania Viannia braziliensis devido aos sinais da lesão apresentada e devido a forma apresentada na lâmina observada.
Explicação:
1) Considerando a morfologia da lesão (úlcera de contorno circular, bordos altos e fundo com granulações grosseiras, recoberta por exsudato seroso) e a história clínica do paciente (desenvolveu a úlcera meses após ir pescar) a principal suspeita seria a leishmaniose.
2) Na lâmina apresentada, o parasito encontra-se na forma evolutiva amastigota, que é intracelular, circular e sem movimentos.
3) Por causa das características apresentadas na lâmina de esfregaço, pelas características da lesão ulcerosa e pela prevalência, podemos ter a hipótese da espécie Leishmania (Viannia) braziliensis. Contudo, a determinação definitiva da espécie só é precisamente obitda pela técnica de PCR com material de biópsia das lesões do paciente, embora nem sempre a identificação da espécie de Leishmania spp. traga benefícios clínicos.
Leishmaniose
A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, que causa úlceras na pele e mucosas. Os agentes etiológicos da doença são os protozoários do gênero Leishmania.
No Brasil, há sete espécies de Leishmania spp envolvidas com casos de leishmaniose tegumentar, mas as mais importantes são: Leishmania (Leishmania) amazonensis, Leishmania (Viannia) guyanensis e Leishamnia (Viannia) braziliensis.
A doença é transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de flebotomíneos (uma espécie de mosca) infectadas. A depender da localização geográfica, esse insetos são conhecidos como mosquito palha, tatuquira e birigui. Eles são os principais vetores da Leishmaniose Tegumentar.
Os parasitas do gênero Leishmania são digenéticos (heteroxenos) com um ciclo de vida de apenas duas formas evolutivas. A forma promastigota é alongada, flagelada e extracelular, enquanto que a forma amastigota é intracelular, ovoide e sem movimentos.
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