• Matéria: História
  • Autor: acamila7648
  • Perguntado 3 anos atrás

[. ] Naquele casarão, estar no quarto que fora o de minha mãe era entrar num conto de fadas [. ]. Quando tinha tempo a avó abria a tampa de um baú sob a janela e eu podia ver, pegar, até vestir: eram roupagens de crianças de antiquíssimos carnavais. A sensação de coisas há muito guardadas, o farfalhar dos tafetás, a cócega das plumas, o oblíquo olhar das máscaras, acendiam a fogueira da minha imaginação. Vestindo aquelas roupas eu sentia o poder dos disfarces, e a multiplicidade, a riqueza, de nada nunca ser o mesmo nem ser um só. Usar uma fantasia era [. ] ser todas as possibilidades. Não consigo descrever a alegria de remexer nesse velho baú: o tempo era um peixe de vidro de repente na minha mão, concreto. [. ] Estavam ali os momentos vividos de minha mãe menina, era o estranho-íntimo, onde eu penetrava quase a medo. E quando em casa lhe falei daquela descoberta, o baú, as máscaras e roupas, minha mãe não pareceu dar muita importância. Achou graça da minha emoção, nem sabia que aquelas velharias inúteis ainda estavam guardadas. [. ] LUFT, Lya. Mar de dentro. São Paulo: Arx, 2002. Fragmento. Nesse texto, no trecho ". O tempo era um peixe de vidro. " (3º parágrafo), qual é o recurso estilístico utilizado? A atribuição de características humanas ao tempo. A comparação implícita entre o tempo e um peixe de vidro. A suavização da ideia da fragilidade do peixe de vidro. O emprego irônico de palavras para definir o tempo. O exagero em relação à passagem rápida do tempo

Respostas

respondido por: joicelopess
0

Resposta:

A comparação implícita entre o tempo e o peixe de vidro

Explicação:

Perguntas similares