Em julho de 2018, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os primeiros dados do Censo Agropecuário 2017. A pesquisa, feita a cada dez anos, é o retrato mais completo do campo brasileiro. O primeiro problema, e o mais gritante, é que a concentração fundiária aumentou. O Brasil já é um dos países com maior concentração fundiária do mundo. Houve um aumento ainda maior: pelo censo anterior, de 2006, você tinha estabelecimentos com mais de mil hectares controlando 45% das terras; agora são 47,5% das terras. Há menos estabelecimentos: em 2006 eram 5.175.636 estabelecimentos; hoje são 5.072.152. E eles ocupam uma área maior: antes, eram 333 milhões de hectares; hoje são 350 milhões. E desse total, mais de 16 milhões de hectares estão concentrados nos grandes estabelecimentos. Enquanto os menores, que têm até dez hectares, representam 50,2% do número total de estabelecimentos, mas ocupam apenas 2,3% da área. Isso é um problema por conta da profunda desigualdade social brasileira: é muita gente sem-terra, ou com pouquíssima terra, enquanto poucos têm muita terra sob o seu controle. A conclusão é que houve uma expansão ainda maior da monopolização da terra no Brasil. Isso vem acompanhado de outras questões.
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Resposta: reforma agraria
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